Resumo
Introdução: A depressão é uma condição comum e debilitante entre pacientes com doenças neurodegenerativas, como a Doença de Parkinson e a Doença de Alzheimer. Esta condição pode agravar os sintomas neurológicos existentes e impactar significativamente a qualidade de vida. Apesar da relevância, a depressão frequentemente é subdiagnosticada e tratada inadequadamente nesse grupo de pacientes. Objetivo: Revisar as intervenções terapêuticas e identificar os principais desafios no manejo da depressão em pacientes com doenças neurodegenerativas. Metodologia: A pesquisa foi realizada em setembro de 2024, por meio de acesso online às seguintes bases de dados: Documentação em Ciências da Saúde da América Latina e do Caribe (LILACS), Centro de Informação em Ciências da Saúde da América Latina e do Caribe (Bireme), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Resultados e Discussão: A revisão revelou que o tratamento da depressão em pacientes com doenças neurodegenerativas envolve uma combinação de medicamentos, psicoterapia e intervenções não farmacológicas, como atividades físicas e terapias ocupacionais. No entanto, esses métodos enfrentam desafios significativos, como a dificuldade em distinguir entre sintomas depressivos e os efeitos diretos das doenças neurodegenerativas, além da necessidade de ajustar cuidadosamente a dosagem de medicamentos devido a interações e efeitos colaterais. A psicoterapia pode ser eficaz, mas é dificultada pela progressão das doenças e a capacidade cognitiva reduzida. Intervenções não farmacológicas podem melhorar o humor e a qualidade de vida, mas a adesão é complicada por limitações motoras e cognitivas. Em suma, um tratamento eficaz exige uma abordagem integrada e adaptativa para otimizar os resultados e a qualidade de vida dos pacientes. Considerações Finais: A gestão da depressão em pacientes com doenças neurodegenerativas é complexa e multifacetada, envolvendo medicamentos, psicoterapia e abordagens não farmacológicas. Embora haja várias intervenções disponíveis, cada uma enfrenta desafios específicos relacionados à interação com os sintomas das doenças neurodegenerativas e à capacidade funcional dos pacientes
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