Resumo
O câncer de mama tem maior incidência em mulheres a partir dos 40 anos
e corresponde a cerca de 25% dos casos novos de câncer a cada ano, com variações
nas diversas regiões do mundo, sendo considerado a principal causa de mortes
femininas. As mulheres mastectomizadas tendem a apresentar uma percepção alterada
da imagem corporal e baixa autoestima, resultantes das implicações físicas e
psicológicas da cirurgia. Essa pesquisa explora os impactos da autoimagem de mulheres
mastectomizadas em sua recuperação. Objetivo: Analisar a literatura científica referente
à autoimagem de mulheres submetidas a mastectomia radical, buscar evidências sobre
o benefício de abordar a autoimagem imagem nessas pacientes, bem como aprimorar a
assistência às mulheres com o câncer de mama. Metodologia: foi utilizada a estratégia
PICO, baseada em pacientes mastectomizadas que tiveram apoio multidisciplinar na
ressignificação da autoimagem. A pesquisa utilizou Web of Science, PubMed, Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library Online (SciELO Brasil), Literatura
Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) para construir a base de
dados. A consulta nas bases de dados foi realizada através das palavras-chave: câncer
de mama AND autoimagem OR imagem corporal AND mastectomia OR mulheres
mastectomizadas. Resultados: É esperado que a ressignificação da autoimagem
abordada pela equipe médica e psicólogos, durante o peri e pós operatório, contribua
positivamente para a recuperação das pacientes após o procedimento de mastectomia
radical. Conclusão: A mastectomia radical pode ter um impacto significativo na
autoimagem das mulheres, levando a desafios como baixa autoestima, dificuldades de
aceitação e mudanças na identidade feminina.
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