Abordagem Inicial da Uveíte por Esquistossomose em Unidades de Emergência: Uma Revisão Integrativa
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Palavras-chave

Uveíte. Esquistossomose. Emergência médica.

Como Citar

Gomes, B. C., Jacinto, A. L., Portella Filho , C. S. A., Torres Capitani , G. de A., Rios Neto , I. M., Oliveira, J. S., Silva Sampaio , J. C., Alarcão Sobral , L. L., Carvalho, M. dos S., Rezende, M. A., Riello, M. S., de Andrade, T. C., Bezerra, T. D., & Moraes Coelho , T. M. (2024). Abordagem Inicial da Uveíte por Esquistossomose em Unidades de Emergência: Uma Revisão Integrativa. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(9), 453–469. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p453-469

Resumo

A uveíte associada à esquistossomose, embora rara, apresenta desafios significativos em seu diagnóstico e manejo, especialmente em unidades de emergência localizadas em regiões endêmicas. Este artigo visa revisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre a abordagem inicial dessa condição, com ênfase nas práticas diagnósticas e terapêuticas adotadas nos últimos anos. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa de estudos publicados entre 2014 e 2024, complementada por pesquisas mais antigas, mas relevantes. A busca foi conduzida em bases de dados como PubMed, Scopus, Web of Science e Lilacs, utilizando termos específicos relacionados à uveíte, esquistossomose e emergência médica. Os resultados revelam que, apesar dos avanços nas técnicas diagnósticas, o reconhecimento precoce da uveíte por esquistossomose continua sendo um desafio, muitas vezes comprometido pela variabilidade de sintomas e pela semelhança com outras doenças inflamatórias oculares. O tratamento primário envolve o uso de corticosteroides, associados a agentes antiparasitários, com destaque para o praziquantel. No entanto, a eficácia de terapias adicionais, como imunossupressores, permanece controversa. Conclui-se que há uma necessidade urgente de protocolos padronizados para o manejo dessa condição em emergências, além de mais estudos que explorem intervenções específicas para melhorar os desfechos dos pacientes.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n9p453-469
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