Mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis na população brasileira de 30 a 69 anos de idade a importância dos cuidados paliativos.
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Palavras-chave

Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), Cuidados Paliativos, Doenças degenerativas, Brasil.

Como Citar

Lins, L., Melo, G., Cardoso, P., Menezes, V., Maciel , L., & Zau, C. (2024). Mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis na população brasileira de 30 a 69 anos de idade a importância dos cuidados paliativos . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 2699–2715. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2699-2715

Resumo

O aumento da expectativa de vida e o envelhecimento populacional são conquistas significativas, mas também desafios para a sociedade global. A longevidade está associada ao aumento das Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), que têm impacto na saúde pública. No Brasil, as DCNT são a principal causa de óbitos, representando uma epidemia nacional, visto que está associada a diversos fatores de risco, como tabagismo e dieta inadequada, podendo assim atingir números alarmantes com o crescimento populacional, observando um aumento exponencial dessas doenças nas últimas décadas. Objetivo: O objetivo principal do estudo é analisar a mortalidade por DCNT em indivíduos de 30 a 69 anos, destacando a relevância dos cuidados paliativos (CP) nessa abordagem, para a melhora da qualidade de sobrevida dos pacientes. Método: Realizado um estudo epidemiológico analítico, utilizando como base dados do DATASUS, onde analisou-se as mortes causadas por DCNT em indivíduos entre 30 e 69 anos, categorizados por sexo, estado e ano de ocorrência da morte presentes no Brasil, no período de 1990 a 2019. Resultados: Houve um avanço da idade, principalmente dos 30 aos 69 anos, as DCNT ganham destaque em prevalência e se estabelecem como a causa mais comum de óbitos. Notadamente, os homens e a região do Rio de Janeiro apresentam as maiores taxas de mortalidade por essas condições. Discussão/conclusão: Após análise dos dados epidemiológicos e comparação com os achados da literatura, foi notório que essa discrepância pode estar associada a variáveis socioeconômicas, desigualdade no acesso aos serviços de saúde, estilo de vida e outros fatores. Dessa forma, é necessário a criação de programas, projetos e políticas públicas especializadas no campo da saúde, com base nos CP e que visem melhorar a qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças graves, avançadas ou incuráveis, com intuito de diminuir o índice de morbimortalidade brasileiro.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p2699-2715
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