LESÕES AUTOPROVOCADAS EM TODOS OS CICLOS DA VIDA: UMA ANÁLISE DA MORTALIDADE NO ESTADO DE ALAGOAS NOS ANOS DE 2012 A 2022
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Palavras-chave

saúde
medicina
promoção de saúde

Como Citar

Vieira Melo, I., Cordeiro de Godoy Miranda, B., Nobre da Costa, R., Araujo Barros, I., Cardoso Menezes, P. T., Menezes Cardoso, V., & Leite Lessa Araujo, A. F. (2024). LESÕES AUTOPROVOCADAS EM TODOS OS CICLOS DA VIDA: UMA ANÁLISE DA MORTALIDADE NO ESTADO DE ALAGOAS NOS ANOS DE 2012 A 2022. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 1752–1762. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1752-1762

Resumo

A lesão autoprovocada, de acordo com a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10), consiste em atos desferidos intencionalmente pela pessoa a si mesma, que engloba a tentativa de suicídio. Os dados demonstram crescimento progressivo do delineamento epidemiológico, porém, por se tratar de um país em desenvolvimento, o Brasil apresenta limitação de coleta desses dados que fundamentem as taxas de suicídio com acurácia. Tal questão distorce as decisões políticas, uma vez que devem ser direcionadas por tais dados, que contribuem para o desenvolvimento e avaliação de intervenções, para o controle e prevenção de problemas de saúde. Objetivo: Identificar o perfil da mortalidade ocasionada por lesão autoprovocada notificada no estado de Alagoas no período de 2012 a 2022. Métodos: Estudo epidemiológico, analítico do tipo transversal, com um recorte de série temporal utilizando dados secundários extraídos do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), relacionados aos óbitos por lesões autoprovocadas intencionalmente entre os anos de 2012 a 2022. Resultados: Notou-se que, em Alagoas, a maioria dos óbitos por lesões autoprovocadas nos anos de 2012 a 2022 foram homens, na faixa etária de 20 a 24 anos, de cor parda. O maior número de casos ocorreu na capital, seguido por Arapiraca e Palmeira dos Índios. Conclusão:  A associação entre os casos de lesões autoprovocadas em Alagoas e o perfil obtido pode se dever ao impacto causado pelas redes sociais, as consequências do racismo e o estigma social em que homens usufruem menos dos serviços de saúde.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p1752-1762
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