Resumo
Nos últimos anos, tem crescido o interesse e a pesquisa sobre o papel da música e da arte como ferramentas terapêuticas na promoção da saúde mental. Estudos têm demonstrado que essas formas de expressão não só oferecem um meio de comunicação e autoexpressão, mas também podem contribuir significativamente para o bem-estar psicológico e emocional dos indivíduos. Objetivos: Investigar o impacto da música e da arte como abordagens terapêuticas emergentes na promoção da saúde mental. Metodologia: A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed MEDLINE), Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) no mês de junho de 2024. Resultados e Discussões: Destacam-se que tanto a música quanto a arte têm um impacto positivo significativo na saúde mental dos indivíduos. A música, por exemplo, demonstrou ser eficaz na redução do estresse, na melhoria do humor e na promoção da relaxação. Além disso, a participação em atividades artísticas, como pintura, escultura e dança, mostrou-se benéfica na expressão emocional e na construção de uma narrativa pessoal. A aplicação dessas abordagens terapêuticas emergentes pode oferecer alternativas eficazes aos tratamentos tradicionais, permitindo uma abordagem mais holística e centrada no indivíduo. A inclusão de atividades artísticas nos programas de cuidado da saúde mental pode não apenas melhorar os sintomas psicológicos, mas também promover um senso de realização e autoestima nos pacientes. Conclusão: Em suma, a música e a arte emergem como abordagens terapêuticas promissoras para promover a saúde mental. Os estudos revisados destacam os benefícios significativos dessas formas de expressão na redução do estresse, melhoria do humor, e promoção da autoexpressão e bem-estar emocional. Incorporar essas práticas nos cuidados de saúde mental pode proporcionar alternativas valiosas aos métodos tradicionais, oferecendo aos pacientes uma maneira criativa e eficaz de lidar com seus desafios emocionais. No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender melhor os mecanismos subjacentes e adaptar essas abordagens às necessidades específicas dos indivíduos e das comunidades atendidas.
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