O IMPACTO DO SUPORTE À AMAMENTAÇÃO NA DURAÇÃO E EXCLUSIVIDADE DO ALEITAMENTO MATERNO
PDF

Palavras-chave

Aleitamento Materno; Desmame; Saúde da Criança; Lactação; Maternidade.

Como Citar

Rosa, V. H. J. da, Nascimento , M. E. B. do, Silva , M. V. M. da, Alcântara, M. N. S. de, Gomes, T. H. de O., Lima, G. R. de A., Gazel, W. F., Jesus, B. M. S. de, & Silva, L. D. P. S. P. (2024). O IMPACTO DO SUPORTE À AMAMENTAÇÃO NA DURAÇÃO E EXCLUSIVIDADE DO ALEITAMENTO MATERNO. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(7), 72–89. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p72-89

Resumo

Estudos reforçam a relação entre aleitamento materno exclusivo (AME) e morbimortalidade infantil, destacando a urgência de promover práticas eficazes. Desafios persistem, especialmente com índices abaixo das recomendações globais, exigindo investigação dos fatores contribuintes, como oferta desnecessária de mamadeira e alimentos. Objetivo: Analisou-se a frequência do AME nos primeiros 30 dias de vida, considerando a influência do suporte à amamentação. A complexidade na mensuração do AME, proposta da OMS de monitoramento e a importância do período inicial são elementos essenciais desta investigação. Metódos: Uma revisão de literatura nos anos 2015 a 2024 foi conduzida, abrangendo estudos que exploram o suporte à amamentação e sua relação com a duração e exclusividade do aleitamento materno. Utilizando uma abordagem de revisão integrativa guiada pelo método PICo, foram pesquisados artigos nas bases Biblioteca Eletrônica Científica Online (SCIELO), PubMed e Literatura em Ciências da Saúde da América Latina e do Caribe (LILACS). A seleção dos artigos foi realizada com base em critérios específicos, avaliados por pesquisadores independente. Resultados: Diversos estudos foram analisados, revelando uma ampla variação na frequência do AME aos 30 dias de vida. A implementação da Iniciativa Hospital Amigo da Criança demonstra comprometimento, mas desafios persistem. A análise de 17 estudos longitudinais destaca a complexidade na medição do AME e variações significativas entre locais investigados. Discussão: A falta de suporte adequado, evidenciada em alguns estudos, está associada a desafios adicionais que afetam negativamente a experiência de amamentação. Estratégias personalizadas, redes de apoio social e intervenções preventivas são cruciais. A eficácia contínua de programas e políticas de apoio à amamentação deve ser avaliada para identificar áreas de melhoria. Conclusão: A análise abrangente destaca desafios persistentes na promoção do AME. Apesar do aumento global, disparidades significativas persistem, especialmente relacionadas à oferta desnecessária de mamadeira e alimentos. Estratégias eficazes de promoção e apoio à amamentação são cruciais para superar obstáculos e alcançar metas globais de saúde materno-infantil. Recomenda-se uma abordagem mais sensível, com estudos longitudinais em diversos grupos populacionais, e a constante avaliação das estratégias implementadas é vital para avanços significativos. Investir em políticas e intervenções focadas no suporte à amamentação é fundamental para promover a saúde e o bem-estar materno-infantil em escala global.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n7p72-89
PDF

Referências

DEMÉTRIO F, Pinto EJ, Assis AMO. Fatores associados à interrupção precoce do aleitamento materno: um estudo de coorte de nascimento em dois municípios do Recôncavo da Bahia, Brasil. Cad Saúde Pública. 2019; 28 (4): 641-54.

NASCIMENTO, A.M.R. et al. Atuação do enfermeiro da estratégia saúde da família no incentivo ao aleitamento materno durante o período pré-natal. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v.21, n.21, 2019.

SANTOS, A.A; RESENDE, M.A; MAIA, G.P; CARVALHO, N.C.J; FERREIRA, A.P.J. O papel do enfermeiro na prevenção do desmame precoce. REAEnf, v.2, s/n, s/p, 2020

WHO – WORLD HEALTH ORGANIZATION. Guideline: Protecting, promoting and supporting breastfeeding in facilities providing maternity and newborn services. Geneva, 2019.)

UNICEF (United Nations International Children's Emergency Fund). The state at the world's children 2002: leadership.

OMS (Organizacion Mundial de la Salud), OPS (Organizacion Panamericana de la Salud). Indicadores para evalar las práticas de lactancia materna. Ginebra; 2019 (OMS/CED/SER/91, 14).

JOCA MT, Barros SKS, Oliveira RL, Monteiro MAA, Pinheiro AKB. Fatores que contribuem para o desmame precoce. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. 2019; 9(3):356-364.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Atenção Básica e Saúde da Família. Brasília: Ministério da Saúde; 2011.

OSÓRIO CM, Queiroz ABA. Representações sociais de mulheres sobre a amamentação: teste de associação livre de idéias acerca da interrupção precoce do aleitamento materno exclusivo. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. 2017; 11(2):261-267.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas. Pesquisa de prevalência de aleitamento materno em municípios brasileiros: situação do aleitamento materno em 227 municípios brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde; 2010.

KRAMER, M. S.; KAKUMA, R. Optimal duration of exclusive breastfeeding. Cochrane database of systematic reviews, Oxford, n. 8, 2021.

VIEIRA GO, Martins CC, Vieira TO, Oliveira NF, Silva LR. Fatores preditivos da interrupção do aleitamento materno exclusivo no primeiro mês de lactação. Jornal de Pediatria. 2022; 86(5):441-444.

LANA APB. O Livro de estímulo à amamentação: uma visão biológica, fisiológica e psicológica comportamental da amamentação. São Paulo: Atheneu; 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Saúde da criança: nutrição infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. Brasília: Ministério da Saúde; 2009. (Série A. Normas e Manuais Técnicos); (Cadernos de Atenção Básica, n. 23)

NOBLE, A. et al. Breastfeeding Intensity and Exclusivity of Early Term Infants at Birt and 1 Month. Breastfeeding Medicine, New Rochelle, v. 14, n. 6, p. 398-403, 2019.

VICTORIA CG, Smith PG, Vaughan JP, Nobre LC, Lombardi C, Teixeira AM, et al. Evidence for protection by breastfeeding against infant deaths from infectious diseases in Brazil. Lancet. 2019; 2(8554):319-322.

MOHER D , SHAMSEER L , CLARKE M , GHERSI D , LIBERATI A , PETTICREW M , et al, PRISMA-P Group. Preferred reporting items for systematic review and meta-analysis protocols (PRISMA-P) 2015 statement. Syst Rev. 2015;4(1):1. doi: 10.1186/2046-4053-4-1

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Victor Hugo Júlio da Rosa, Maria Eduarda Bezerra do Nascimento , Macella Vitória Moraes da Silva , Maria Noêmia Souza de Alcântara, Tiago Halyson de Oliveira Gomes, Gracenilde Rodrigues de Alcantara Lima, Welleson Feitosa Gazel, Bruna Menezes Souza de Jesus, Livya Dy Paolla Sousa Paz Silva