Perfil Epidemiológico Dos Acidentes Escorpiônicos No Estado De São Paulo No Período De 2013 A 2022
PDF

Palavras-chave

Escorpiões
Epidemiologia
Saúde Pública
Incidência
Prevalência
Epidemia
Vigilância epidemiológica
Prevenção
Óbitos
Letalidade
Mortalidade

Como Citar

Guerrero Teixeira de Freitas , J., Flores Coelho, J. V., Totti Rodrigues , A., & de Oliveira Ribeiro dos Santos, A. (2024). Perfil Epidemiológico Dos Acidentes Escorpiônicos No Estado De São Paulo No Período De 2013 A 2022. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(5), 1812–1826. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n5p1812-1826

Resumo

Este artigo tem por objetivo descrever as características epidemiológicas dos acidentes   escorpiônicos ocorridos no Estado de São Paulo entre 2013 e 2022. Foi realizado um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo dos acidentes notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis no site do DATASUS. Foram notificados 255.054 acidentes, dos quais 100 evoluíram para óbito. As taxas médias de incidência e mortalidade foram de 222,71 e 0,08/100.000 habitantes, respectivamente. A taxa média de letalidade foi de 0,04%. As Regiões XII e XIII apresentaram as maiores taxas de incidência e mortalidade. As maiores taxas de letalidade ocorreram nas Regiões XII e XIII. Os acidentes ocorreram com maior frequência em indivíduos do sexo masculino (54,96%), brancos (63,72%) e entre 20 e 39 anos (30,61%). A maioria dos casos foi atendida no intervalo de 0 a 1 hora (75,74%), classificada como leve (92,47%) e evolui para cura (94,29%). Conclui-se que a incidência é alta principalmente nas Regiões XII e XIII. O perfil dos acidentes ocorridos em São Paulo corresponde ao encontrado no restante do país. Os resultados obtidos demonstram a necessidade de intensificar as ações de controle de escorpiões, visando a prevenção dos acidentes. 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n5p1812-1826
PDF

Referências

ALMEIDA, A. C. C. DE et al. Associação ecológica entre fatores socioeconômicos, ocupacionais e de saneamento e a ocorrência de escorpionismo no Brasil, 2007-2019. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 30, n. 4, 2021.

BRITES-NETO, J.; DELL DUCAS, V.; FIGUEIREDO, F. S. Spatial Analysis in Areas with High Occurrence of Accidents Caused by Tityus serrulatus and Tityus bahiensis (Scorpiones: Buthidae) in Brazil. Wilderness & Environmental Medicine, v. 34, n. 1, p. 63–71, 1 mar. 2023.

CARMO, É. A. et al. Clinical and epidemiological aspects of scorpionism in the interior of the state of Bahia, Brazil: retrospective epidemiological study. Sao Paulo Medical Journal, v. 137, n. 2, p. 162–168, abr. 2019.

Doenças e Agravos de Notificação – 2007 em diante (SINAN) – DATASUS. [acesso em 2024 março 08]. Disponível em: <https://datasus.saude.gov.br/acesso-a-informacao/doencas-e-agravos-de-notificacao-de-2007-em-diante-sinan/>.

GUERRA-DUARTE, C. et al. Scorpion envenomation in Brazil: Current scenario and perspectives for containing an increasing health problem. PLOS Neglected Tropical Diseases, v. 17, n. 2, p. e0011069, 9 fev. 2023.

FURTADO, A. A. et al. Biology, venom composition, and scorpionism induced by brazilian scorpion Tityus stigmurus (Thorell, 1876) (Scorpiones: Buthidae): A mini-review. Toxicon, v. 185, p. 36–45, 15 out. 2020.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). São Paulo [Internet]. [acesso em 2024 março 08]. Disponível em: <https://censo2022.ibge.gov.br/>.

LACERDA, A. B., et al. Scorpion envenomation in the state of São Paulo, Brazil: Spatiotemporal analysis of a growing public health concern. PLOS ONE, v. 17, n. 4, p. e0266138–e0266138, 8 abr. 2022.

LISBOA, N. S.; BOERE, V.; NEVES, F. M. Escorpionismo no Extremo Sul da Bahia, 2010-2017: perfil dos casos e fatores associados à gravidade*. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, n. 2, maio 2020.

MEDEIROS, A. et al. Epidemiological study in Brazil: Scorpion sting cases in Natal, Rio Grande do Norte. Heliyon, v. 10, n. 2, p. e24190–e24190, 1 jan. 2024.

PETERLE, P. L.; QUINTE, G. C. Perfil epidemiológico dos acidentes escorpiônicos no estado do Espírito Santo no período de 2005 a 2014. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde/Brazilian Journal of Health Research, v. 23, n. 4, p. 38–47, 2021.

SOUZA, T. C. DE et al. Tendência temporal e perfil epidemiológico dos acidentes por animais peçonhentos no Brasil, 2007-2019. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 31, n. 3, 2022.

SUASNÁBAR, S. et al. Pediatric scorpionism: a descriptive, cross-sectional, and retrospective study of predictors of severity. Archivos Argentinos de Pediatria, v. 120, n. 6, 1 dez. 2022.

Sobre Acidentes por Escorpiões - Secretaria da Saúde - Governo do Estado de São Paulo. [acesso em 2024 março 15]. Disponível em: <http://www.saude.sp.gov.br/cve-centro-de-vigilancia-epidemiologica-prof.-alexandre-vranjac/areas-de-vigilancia/doencas-de-transmissao-por-vetores-e-zoonoses/agravos/animais-peconhentos/escorpioes/sobre-acidentes-por-escorpioes>.

TAKEHARA, C. A. et al. Moderate or severe scorpion sting: identification of risk factors. Revista Da Escola De Enfermagem Da USP, v. 57, p. e20230022, 2023.

TANIELE-SILVA, J. et al. Retrospective clinical and epidemiological analysis of scorpionism at a referral hospital for the treatment of accidents by venomous animals in Alagoas State, Northeast Brazil, 2007-2017. Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, v. 62, 11 maio 2020.

TORREZ, P. P. Q. et al. Scorpionism in Brazil: exponential growth of accidents and deaths from scorpion stings. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 52, 2019.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Julia Guerrero Teixeira de Freitas , João Vitor Flores Coelho, Ananda Totti Rodrigues , Adriana de Oliveira Ribeiro dos Santos