Fatores que dificultam o conhecimento e a adesão aos métodos contraceptivos de longa duração
PDF

Palavras-chave

Palavras-chave: Planejamento familiar, Saúde da mulher, Contraceptivos

Como Citar

de Almeida Fernandes, A. J., & Morais , A. M. B. de. (2024). Fatores que dificultam o conhecimento e a adesão aos métodos contraceptivos de longa duração. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(5), 1426–1441. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n5p1426-1441

Resumo

Este estudo investigou os fatores que influenciam o conhecimento e a adesão aos métodos contraceptivos de longa duração (LARCs) entre as mulheres. Uma pesquisa do tipo Revisão Integrativa da Literatura foi conduzida nos buscadores de dados eletrônicos Biblioteca Virtual em Saúde, Repositório Institucional da Fundação Oswaldo Cruz, Cochrane Library e Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde "Contraceptive device", “Woman” e “Knowledge”, juntamente com seus equivalentes em português. Como critérios de inclusão, foram consideradas publicações entre 2005 e 2024, além de artigos científicos completos disponíveis em inglês ou português, resultando em 17 artigos selecionados para análise. Foram identificadas três principais categorias de influência: preconceitos religiosos e culturais, educação sexual insatisfatória e mitos sobre os efeitos no corpo. Os resultados destacam que esses fatores negativamente impactam a escolha das mulheres por métodos contraceptivos de longa duração, como o DIU e o implante subdérmico. Além disso, a falta de acesso a informações precisas sobre saúde sexual e os efeitos dos métodos contraceptivos contribuem para a desconfiança e o medo em relação ao seu uso, levando a uma baixa adesão. Conclui-se que uma educação abrangente e esclarecedora é fundamental para capacitar as mulheres a tomar decisões informadas sobre sua saúde reprodutiva e superar as barreiras impostas pela desinformação e pelos preconceitos.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n5p1426-1441
PDF

Referências

ALHUSEN, J. L. et al. Perceptions of barriers to effective family planning services among women with disabilities. Disability And Health Journal, v. 14, n. 3, p. 101055, jul. 2021.http://dx.doi.org/10.1016/j.dhjo.2020.101055.

ALMEIDA, R. et al. Knowledge of adolescents regarding sexually transmitted infections and pregnancy. Revista Brasileira de Enfermagem, v. 70, n. 5, p. 1033-1039, out. 2017. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0531.

BAHAMONDES, L. et al. Non-contraceptive benefits of hormonal and intrauterine reversible contraceptive methods. Human Reproduction Update, v. 21, n. 5, p. 640-651, jun. 2015. http://dx.doi.org/10.1093/humupd/dmv023.

BRANDÃO, E. R.; CABRAL, C. Vidas precárias: tecnologias de governo e modos de gestão da fecundidade de mulheres ⠼vulneráveis⠽. Horizontes Antropológicos, v. 27, n. 61, p. 47-84, dez. 2021.http://dx.doi.org/10.1590/s0104-71832021000300002.

BRANDÃO, E. R. Contracepção Reversível de Longa Duração (Larc): solução ideal para tempos pandêmicos?. Saúde em Debate, v. 46, n. 1, p. 237-247, mar. 2022. http://dx.doi.org/10.1590/0103-11042022e116.

BUHLING, K. J. et al. Understanding the barriers and myths limiting the use of intrauterine contraception in nulliparous women: results of a survey of european/canadian healthcare providers. European Journal Of Obstetrics & Gynecology And Reproductive Biology, v. 183, p. 146-154, dez. 2014. http://dx.doi.org/10.1016/j.ejogrb.2014.10.020.

BUILU, P. M.; NAIDOO, T. D. Attitudes towards and knowledge about intrauterine contraceptive devices among women in the reproductive age group in a resource-constrained setting. South African Journal Of Obstetrics And Gynaecology, v.

DEHINGIA, N. et al. Unintended pregnancy and maternal health complications: cross-sectional analysis of data from rural uttar pradesh, india. Bmc Pregnancy And Childbirth, v. 20, n. 1, p. 1-11, mar. 2020. http://dx.doi.org/10.1186/s12884-020-2848-8.

FINOTTI, M. et al. Contraceptivos Reversíveis de Longa ação e sua importância para o planejamento reprodutivo de populações vulneráveis. Gestações não planejadas e suas consequências, Feminina, v. 44, ed. 3, p. 160-70, mar. 2016. Disponível em: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/02/1050862/femina-2016-443-160-170.pdf. Acesso em: 10 fev. 2024.

GETAHUN, D. S. et al. Utilization and determinants of long term and permanent contraceptive methods among married reproductive age women at Janamora district, northwest Ethiopia. Bmc Research Notes,v. 11, n. 1, p. 1-6, 26 nov. 2018. http://dx.doi.org/10.1186/s13104-018-3942-0.

HOOPES, A. J. et al. A Qualitative Study of Factors That Influence Contraceptive Choice among Adolescent School-Based Health Center Patients. Journal Of Pediatric And Adolescent Gynecology, v. 29, n. 3, p. 259-264, jun. 2016. http://dx.doi.org/10.1016/j.jpag.2015.09.011

KAHSAY, Z. H. et al. Application of individual behavioral models to predict willingness to use modern contraceptives among pastoralist women in Afar region, Northern Ethiopia. Plos One, v. 13, n. 5, p. 1-12, maio 2018.). http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0197366.

KASSA, B. G. et al. Postpartum intrauterine contraceptive device use and its associated factors in Ethiopia: systematic review and meta-analysis. Reproductive Health, v. 18, n. 1, p. 1-12, nov. 2021 http://dx.doi.org/10.1186/s12978-021-01273-x.

MAZZA, D. et al. Increasing long-acting reversible contraceptives: the australian contraceptive choice project (accord) cluster randomized trial. American Journal Of Obstetrics And Gynecology, v. 222, n. 4, p. 1-13, abr. 2020. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2019.11.1267.

MCNICHOLAS, C. et al. The Contraceptive CHOICE Project Round Up. Clinical Obstetrics & Gynecology, v. 57, n. 4, p. 635-643, dez. 2014. http://dx.doi.org/10.1097/grf.0000000000000070.

MORAIS, I. G. et al. Perfil das mulheres submetidas à inserção do dispositivo intrauterino de cobre na Atenção Primária à Saúde de municípios da Paraíba. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, v. 16, n. 43, p. 1-12, 14 jul. 2021. http://dx.doi.org/10.5712/rbmfc16(43)2649.

ONTIRI, S. et al. Patterns and determinants of modern contraceptive discontinuation among women of reproductive age: analysis of kenya demographic health surveys, 2003⠳2014. Plos One, v. 15, n. 11, p. 1-14, nov. 2020. http://dx.doi.org/10.1371/journal.pone.0241605.

PAUL, R. et al. Familiarity and acceptability of long-acting reversible contraception and contraceptive choice. American Journal Of Obstetrics And Gynecology, v. 222, n. 4, p. 8841-8849, abr. 2020. http://dx.doi.org/10.1016/j.ajog.2019.11.1266.

PAYNE, J.; SUNDSTROM, B.; DEMARIA, A. L. A Qualitative Study of Young Women's Beliefs About Intrauterine Devices: fear of infertility. Journal Of Midwifery & Women'S Healthv. 61, n. 4, p. 482-488, mar. 2016. http://dx.doi.org/10.1111/jmwh.12425.

PEREIRA, A. L.; VASCONCELOS, M.N.G.; SOUSA, A.M. Perfil de mulheres em situação de abortamento atendidas em um hospital maternidades de referência na Cidade de Manaus, Amazonas: um estudo transversal / profile of women in abortion situation assisted in a reference maternity hospital in manaus, amazonas. Brazilian Journal Of Development, v. 8, n. 6, p. 42595-42607, jun. 2022. http://dx.doi.org/10.34117/bjdv8n6-007.

POTGIETER, F.; KAPP, P.; COETZEE, F. Factors influencing post-partum women’s choice of an implantable contraceptive device in a rural district hospital in South Africa. South African Family Practice, v. 60, n. 6, p. 174-180, ago. 2018. http://dx.doi.org/10.1080/20786190.2018.1487213.

RESENDE, A.C. et al. Ações em saúde sexual e reprodutiva: garantindo a assistência em tempos de covid-19 / sexual and reproductive health actions. Brazilian Journal Of Health Review, v. 3, n. 5, p. 13052-13063, jan. 2020. http://dx.doi.org/10.34119/bjhrv3n5-135.

SAJJAD, W.; ISHAQ, K.; ASGHAR, S. Why Pakistani Women Do Not Use Intrauterine Contraceptive Devices: a systematic review of barriers and misconceptions. Cureus, p. 1-11, out. 2023. http://dx.doi.org/10.7759/cureus.47378.

SILVA-FILHO, A. L. et al. Barriers and myths that limit the use of intrauterine contraception in nulliparous women: a survey of brazilian gynaecologists. Postgraduate Medical Journal, v. 93, n. 1101, p. 376-381, out. 2016. http://dx.doi.org/10.1136/postgradmedj-2016-134247.

SOUSA, M. N. A.; BEZERRA, A. L. D. EGYPTO, I. A. S. Trilhando o caminho do conhecimento: o método de revisão integrativa para análise e síntese da literatura científica. Observatório de La Economía Latinoamericana, v. 21, n. 10, p. 18448-18483, 24 out. 2023.. http://dx.doi.org/10.55905/oelv21n10-212.

TODD, C.S. et al. Influence of Culture on Contraceptive Utilization Among HIV-Positive Women in Brazil, Kenya, and South Africa. Aids And Behavior, v. 15, n. 2, p. 454-468, nov. 2010. http://dx.doi.org/10.1007/s10461-010-9848-z.

TRINDADE, R. E. et al. Uso de contracepção e desigualdades do planejamento reprodutivo das mulheres brasileiras. Ciência & Saúde Coletiva, v. 26, n. 2, p. 3493-3504, jan. 2021. http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232021269.2.24332019.

XU, X. et al. Characteristics of users of intrauterine devices and other reversible contraceptive methods in the United States. Fertility And Sterility, v. 96, n. 5, p. 1138-1144, nov. 2011. http://dx.doi.org/10.1016/j.fertnstert.2011.08.019.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Ana Júlia de Almeida Fernandes, Alanna Michely Batista de Morais