O perfil epidemiológico de Dengue em Goiás, Brasil, entre 2014 e 2024
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Palavras-chave

dengue
Epidemiologia
Saúde Pública

Como Citar

Guimarães, E. G. S., Fontana, R. S., Nascimento, L. L., Moreira, V. de F. P., & Schimin, M. A. (2024). O perfil epidemiológico de Dengue em Goiás, Brasil, entre 2014 e 2024. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(3), 1475–1486. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n3p1475-1486

Resumo

A dengue, uma doença febril aguda transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, persiste com alta incidência no Brasil e globalmente, causando epidemias recorrentes em Goiás. As medidas de controle, como pesquisa entomológica e manejo ambiental, não conseguiram conter o avanço da doença e suas crescentes complicações, resultando em custos financeiros e sociais consideráveis. Diante disso, este estudo possui como objetivo analisar os indicadores epidemiológicos e vetoriais da doença em Goiás no período de 2014 a 2024. No que tange à metodologia, trata-se de um estudo transversal, descritivo, analítico e retrospectivo, com análise quantitativa dos dados. Analisou-se os casos de dengue notificados em Goiás de 2014 a 2024, utilizando dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) do DATASUS. Foram consideradas variáveis como ano da notificação, sorotipo do vírus, evolução clínica, teste diagnóstico, sexo e trimestre gestacional para gestantes. Observa-se que a incidência da dengue flutuou ao longo do tempo, influenciada por intervenções de saúde pública, mudanças climáticas e comportamentos da população. O aumento significativo de casos em 2015 está associado ao surgimento de outras arboviroses semelhantes à dengue. Entre os quatro sorotipos do vírus, o DEN-1 foi o mais prevalente, e a maioria dos casos em Goiás apresentou sintomas leves. Além disso, há uma maior incidência em mulheres. Dessa forma, destaca-se a importância de abordagens integradas e baseadas em evidências para o controle eficaz da dengue em Goiás, visando reduzir tanto a incidência da doença quanto suas consequências sociais, econômicas e de saúde pública.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n3p1475-1486
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