Morbidade hospitalar por sífilis congênita em pacientes com até 1 ano de idade: análise do perfil epidemiológico e das taxas em território brasileiro
PDF

Palavras-chave

Sífilis Congênita
Morbidade
Brasil

Como Citar

Moura Rodrigues, P. V., Ferreira Gonçalves , M. A., Barbosa Mota , S. M., Ribeiro Chaves, J. M., da Silva Campos, J., Veras de Alencar Carvalho , V., Dal Wenning, G., Roncaglio Andriguetti, T., Casas dos Santos, J. V., & de Castro Alves, A. J. (2024). Morbidade hospitalar por sífilis congênita em pacientes com até 1 ano de idade: análise do perfil epidemiológico e das taxas em território brasileiro. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(2), 2004–2011. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n2p2004-2011

Resumo

A sífilis é uma condição infecciosa crônica que, quando transmitida de mãe para filho, pode causar graves complicações, como aborto espontâneo e malformações congênitas. Cerca de 1,5 milhão de gestantes em todo o mundo contraem sífilis anualmente, resultando em complicações para metade delas. No Brasil, houve um aumento significativo nas taxas de sífilis gestacional e congênita de 2010 a 2016. O presente estudo visa analisar o perfil e as taxas de internação por sífilis congênita em crianças com menos de 1 ano no Brasil. Trata-se de um estudo ecológico, descritivo e retrospectivo, utilizando dados do Departamento de Informações e Informática do SUS (DATASUS) sobre internações hospitalares Foram inseridos indivíduos com idade inferior a 1 ano, com internação por sífilis congênita no país. As variáveis analisadas foram região, caráter de atendimento, sexo e cor/raça. Durante o período estudado, ocorreram 19.865 internações de crianças com menos de 1 ano devido à sífilis congênita no Brasil, com a região sudeste liderando (37,3%). A maioria das hospitalizações foi classificada como urgência (98,13%). As taxas são semelhantes entre os sexos, mas há uma disparidade notável na variável cor/raça, com a maioria dos casos envolvendo crianças pardas (64,26%). Os dados revelam o impacto da sífilis congênita, especialmente entre os indivíduos pardos no sudeste, destacando a urgência de políticas de prevenção para combater os impactos na saúde pública. O autor declara que não há conflito de interesses.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n2p2004-2011
PDF

Referências

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Sífilis Congênita. 2024. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/sifilis-congenita. Acesso em: 19 fev. 2024.

Brasil. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. Boletim Epidemiológico de sífilis. Brasília, DF; 2017. (v. 48. n. 36).

CAMARGO, F. A. A importância das internações por condições sensíveis à atenção ambulatorial como indicador do acesso e qualidade da atenção primária. 2010. 39f. Trabalho de conclusão de curso (Especialização). Universidade Federal de Minas Gerais, Governador Valadares, 2010.

CARVALHO, Isaiane da Silva; BRITO, Rosineide Santana de. Sífilis congênita no Rio Grande do Norte. Epidemiologia e serviços de saúde, v. 23, p. 287-294, 2014.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Informativo IBGE sobre desigualdades sociais por cor ou raça no Brasil. Brasília: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; 2019. (Estudos e Pesquisas: Informação Demográfica e Socioeconômica, 41).

Walker GJA, Walker DG. Congenital syphilis: A continuing but neglected problem. Seminars in Fetal & Neonatal Medicine. 2007; 12: 198-206.

Machado BL, Terra MR. A sífilis na gestação: uma problemática atual. 2016.

Meneses MO, Vieira BDG, Queiroz ABA, Alves VH, Rodrigues DP, Silva JCS. O perfil do comportamento sexual de risco de mulheres soropositivas para sífilis. Rev enferm UFPE. 2017; 11(4): 1584-1594.

SOARES, Larissa Gramazio et al. Sífilis gestacional e congênita: características maternas, neonatais e desfecho dos casos. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, v. 17, p. 781-789, 2017.

World Health Organization. Guidelines for the treatment of Treponema pallidum (syphilis). Geneva: WHO; 2016.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2024 Paulo Victor Moura Rodrigues, Maria Alice Ferreira Gonçalves , Samantha Maria Barbosa Mota , Jéssica Maria Ribeiro Chaves, Jessica da Silva Campos, Victor Veras de Alencar Carvalho , Gisele Dal Wenning, Thaís Roncaglio Andriguetti, José Victor Casas dos Santos, Alice Júlia de Castro Alves