Resumo
A endocardite infecciosa é uma condição cardiovascular complexa e potencialmente grave, caracterizada pela inflamação do endocárdio, a camada interna do coração. Essa inflamação é, geralmente, desencadeada pela presença de microrganismos, como bactérias ou fungos, que invadem a superfície cardíaca. Essa infecção pode comprometer a funcionalidade valvar e levar a complicações sérias. Objetivo: Abordar de maneira abrangente os mecanismos subjacentes, os métodos de diagnóstico eficazes e as opções de tratamento disponíveis. Metodologia: Foi realizada a leitura analítica dos artigos com a temática proposta, mediante a leitura dos artigos foram submetidos a critérios de inclusão e de exclusão, dentre os de inclusão foram considerados artigos originais, que abordassem o tema pesquisado e permitissem acesso integral ao conteúdo do estudo, publicados no período de 2015 a 2023. A pesquisa foi realizada através do acesso online nas bases de Scientific Electronic Library Online (SCIELO), PubMed, Literatura Latino-Americana do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) no mês de janeiro de 2024. Resultados e Discussões: Os mecanismos subjacentes à endocardite infecciosa envolvem a colonização e a invasão de microrganismos no endocárdio, desencadeando uma resposta inflamatória local. A identificação precisa dos agentes infecciosos é crucial, destacando a diversidade bacteriana e a importância de culturas sanguíneas para orientar o tratamento. No âmbito do diagnóstico, avanços tecnológicos como a ecocardiografia transesofágica têm desempenhado um papel significativo na detecção precoce de vegetações valvares. No entanto, a complexidade clínica e os desafios em pacientes com manifestações sutis ressaltam a necessidade contínua de métodos diagnósticos aprimorados. Conclusão: A endocardite infecciosa é uma condição grave que envolve a inflamação da camada interna do coração,os seus mecanismos estão ligados, frequentemente, à presença de bactérias no sangue. O diagnóstico é desafiador, mas exames como hemoculturas e ecocardiogramas são fundamentais. O tratamento envolve o uso de antibióticos de longa duração e, em alguns casos, cirurgia. A abordagem multidisciplinar e a prevenção são cruciais para lidar, eficazmente, com essa doença potencialmente letal.
Referências
ARAÚJO, IZABELLA RODRIGUES DE. Perfil das Citocinas na Endocardite Infecciosa. 2014. 156 f. Dissertação (Pós- Graduação) - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, [S. l.], 2014.
CARVALHO, Lanna do Carmo et al. Endocardite infecciosa: uma abordagem sobre a variância microbiológica diante diferentes fatores. Brazilian Journal of Health Review, [S. l.], v. 5, n. 1, p. 2867-2874, 15 fev. 2022.
DAYER, M. et al. Incidence of infective endocarditis in England, 2000–13: a secular trend, interrupted time-series analysis. Lancet Infectious Diases, London, v. 385, no. 9974, p. 1219- 1928, 2015.
FERNANDES, João Ricardo Cordeiro et al. Endocardite infecciosa. Rev Soc Cardiol, [S. l.], v. 32, n. 2, p. 183-194, 1 jun. 2022.
FERNANDEZ-HIDALGO, N.; ALMIRANTE, B. La endocarditis infecciosa enelsigloxxi: cambios epidemiológicos, terapêuticos y prognósticos. Enfermedades Infecciosas y Microbiología Clínica, v. 30, n. 7, p. 394-406, 2012.
FRANCISCHETTO, O. et al. Healthcare-associated infective endocarditis: a case series in 103, n. 4, p. 292-298, 2014.a referral hospital from 2006 to 2011. Arquivos Brasileiros de Cardiologia. São Paulo, v.
GALVÃO, José Lucas Ferreira Marques. ENDOCARDITE INFECCIOSA: UMA REVISÃO DO MICRORGANISMO AO TRATAMENTO. 2016. 46 f. Mamografia (Especialização) - Universidade Federal da Paraíba, [S. l.]
GUZMÁN, L. M. D.; NAVARRO, M. G. M. Conceptos actuales sobre profilaxia antibiótica para endocarditis bacteriana en odontologia. Revista ADM, León, v. 56, n. 1, p. 32-38, 2009.
HABIB, G. et al. Guidelines on the prevention, diagnosis, and treatment of infective endocarditis (new version 2009): the task force on the prevention, diagnosis, and treatment of infective endocarditis of the European Society of Cardiology (ESC). European Heart Journal. London, v. 30, no. 19, p. 2369-2413, 2009.
Hoen B, Duval X. Infective endocarditis. N Engl J Med v.369, n. 8, p.1425-1433,2013.
HOEN, B.; DUVAL, X. Clinical practice. Infective endocarditis. The New England Journal of Medicine, Boston, v. 368, n. 15, p. 1425-1433, 2013.
Holland TL, Baddour LM, Bayer AS, Hoen B, Miro JM, Fowler VG Jr. Infective endocarditis. Nat Rev Dis Primers.v.1, n.2, p. 160, 2016.
MESQUITA, Claudio Tinoco. Endocardite infecciosa: uma revisão narrativa. Med. Ciên. e Arte, [S. l.], v. 2, n. 1, p. 73-84, 15 mar. 2023.
MURDOCH DR, et al. Clinical presentation, etiology, and outcome of infective endocarditis in the 21st century: the International Collaboration on Endocarditis - Prospective Cohort Study. Archives Internal Medicine. Chicago, v. 169, n. 5, p. 463-473, 2009.
SOUSA, Catarina et al. Endocardite Infecciosa: Ainda mais Desafios que Certezas. Arq Bras Cardio, [S. l.], v. 118, n. 5, p. 976-988, 13 abr. 2022.
THUNY et al., Management of infective endocarditis: challenges and perspectives. Lancet. Londres, v. 379, no. 9819, p. 965–75, 2012.
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2024 Maria Alessamia Nunes Lima, Arlete Freitas Ferreira , Ytafaella Oliveira Santana , Aline Maria de Melo Amorim, Emanuelle moura Macedo, Kettelen Barros de Paula , Keit Maciel da Gama , Lívia Fernanda Sousa de Melo, Ana Paula Jahn, Ingrid Jahn , Luiz Gustavo Souza da Silva, Ítalo Íris Boiba Rodrigues da Cunha