Perfil epidemiológico da toxoplasmose gestacional no estado do Amazonas
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Palavras-chave

Toxoplasmose gestacional
Epidemiologia
Amazonas

Como Citar

Hugo Júlio da Rosa, V., Lima Rodrigues, T., Aguiar Azedo, F., Aguiar Macedo, A. L., Pereira Rodrigues, B. L., de Oliveira Proença, R. M., da Cruz Araújo, R. A., Queiroz Rabello, E. F., Negro Vaz Seffair, L. G., Mendes Cunha, P. T., Belem Galvão, I., & Silva, J. (2024). Perfil epidemiológico da toxoplasmose gestacional no estado do Amazonas: Toxoplasmose gestacional no Amazonas. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(1), 981–991. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n1p981-991

Resumo

A infecção por toxoplasmose durante a gravidez e seu desfecho potencialmente trágico para o feto e recém-nascido continuam a ocorrer no Brasil, apesar de poderem ser prevenidas. A toxoplasmose gestacional no estado do Amazonas emerge como um desafio complexo, intrinsecamente ligado às características singulares dessa região. O Amazonas, com sua vasta biodiversidade e ecossistemas únicos, apresenta um cenário propício para a interação entre seres humanos, animais e o agente etiológico. Nesse sentido, compreender os fatores de risco e evidenciar as populações mais vulneráveis é crucial para intervenções mais eficientes. O objetivo desse trabalho foi analisar a prevalência e o perfil epidemiológico dos casos de toxoplasmose gestacional no estado do Amazonas no período de 2019 a 2022. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e retrospectivo, que realizou a análise dos casos de toxoplasmose em gestantes no estado do Amazonas, no período entre 2019 e 2022. Todos os dados foram extraídos da base de dados Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), disponíveis na plataforma do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A frequência da toxoplasmose gestacional no Amazonas apresentou tendência crescente. Segundo o SINAN, o Brasil registrou, no período de 2019 a 2022, 435 casos. Os dados sociodemográficos demonstraram que no Amazonas, os casos de toxoplasmose gestacional apresentaram um aumento expressivo nos últimos cinco anos, com a infecção predominando em mulheres pardas com idade entre 20 a 39 anos. Além disso, as infecções foram mais prevalentes no segundo trimestre de gravidez. Os nossos resultados sugerem que fatores socioeconômicos, vulnerabilidade social e acesso limitado à informação, podem contribuir para o risco de desenvolver toxoplasmose gestacional.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n1p981-991
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