Resumo
Este artigo aborda a crescente preocupação com a saúde pública relacionada ao câncer no Brasil, com enfoque nas neoplasias ginecológicas em mulheres. O câncer durante a gravidez, embora raro, está se tornando mais comum, especialmente em idades avançadas. Neoplasias como câncer de mama e colo do útero exigem tratamentos complexos, incluindo quimioterapia e cirurgia. A natureza multifatorial do câncer, envolvendo fatores como condições de trabalho, predisposição genética e influências ambientais, demanda uma abordagem abrangente e multidisciplinar. A intervenção nesse contexto, considerando corpo, mente e espírito, torna-se crucial no cuidado a pacientes oncológicos, exigindo não apenas conhecimento técnico, mas também preparação emocional e uma visão holística do paciente. O artigo se concentra na eficácia da abordagem multidisciplinar na terapia de neoplasias ginecológicas, destacando a importância da colaboração entre diferentes especialidades médicas. Utilizando a estratégia PICo, a metodologia inclui uma revisão integrativa da literatura em bases de dados reconhecidas, como LILACS, MEDLINE e BDENF, identificando trabalhos recentes publicados nos últimos 10 anos. Os resultados apontam melhorias na sobrevida de pacientes submetidos a tratamentos multidisciplinares, com estudos indicando redução no risco de recidiva em casos de câncer de colo do útero e mama. Além disso, a atuação multidisciplinar contribui para a qualificação dos profissionais de saúde, promovendo melhorias na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer ginecológico. O artigo enfatiza a necessidade de uma visão abrangente no cuidado a pacientes oncológicos, especialmente em neoplasias ginecológicas, destacando a importância da colaboração entre diferentes disciplinas. A conclusão ressalta a vitalidade da abordagem multidisciplinar como estratégia eficaz, apelando para sua implementação contínua no cenário clínico. A integração harmoniosa de diferentes modalidades de tratamento e suporte emocional não apenas melhora os resultados clínicos, mas também impacta positivamente na qualidade de vida das pacientes, reforçando a importância da colaboração interdisciplinar para um futuro mais eficaz e centrado na paciente.
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