Resumo
INTRODUÇÃO: O Câncer Colorretal (CCR) é o terceiro câncer mais frequente e quarta causa mais comum de morte relacionada ao câncer. Está diretamente relacionada ao estilo de vida, fatores ambientais, genéticos e de idade. O principal protocolo desenvolvido para o rastreamento de CCR é a busca pelo sangue oculto nas fezes, apesar de que a forma precursora, adenoma colorretal, leva cerca de 10 anos para progredir como tumor. Visto isso, é imprescindível os bons hábitos alimentares associados à prática de exercícios físicos frequentemente, tanto para aqueles que tem a predisposição genética quanto para aqueles que não. OBJETIVO: Analisar o cuidado multidisciplinar no tratamento de neoplasias malignas colorretais em adultos no Brasil de 2017 a 2022.METODOLOGIA: Estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, baseado na coleta dos dados presentes no Sistema de Informação de Agravos de Notificação, hospedado no DATASUS sobre Neoplasias Malignas Colorretais em adultos, notificadas no Brasil entre os períodos de 2017 e 2022 Os dados totalizaram 194.475 casos nesse período. Os indicadores utilizados foram: unidades da federação; gênero; faixa etária; escolaridade; evolução do caso e região de ocorrência; neoplasias colorretais. Para a revisão de literatura foi pertinente às palavras- chave e o assunto principal sobre Neoplasias Malignas Colorretais utilizando as bases de dados plataformas SciELO e PubMed. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 17 anos e que apresentassem como foco a descrição da causa das principais formas de proliferação e definição dos problemas que potencializam a infecção da população brasileira. RESULTADOS: O Brasil realizou a notificação compulsória imediata de 194.472 casos entre os anos de 2017 a 2022. A região sudeste apresentou maior ocorrência com 93.447 (48,05%). O gênero que apresentou maiores manifestações de neoplasia maligna de colorretal foi o sexo masculino, sendo responsável por 102.014 (52,45%) dos relatos. São Paulo foi relatado maior número de óbitos com 30,11% (4.546) do total no Brasil. Em relação a correlação com a cor, os brancos foi ocorrência, com 99.345 (51,08%), com os pretos representando 4,41% (n=8.588) dos casos de neoplasia maligna colorretal. CONCLUSÃO: O desenvolvimento de Neoplasias Malignas Colorretais está estritamente ligado ao estilo de vida e relações genéticas, revelando sua maior incidência nos últimos anos. As dificuldades na realidade brasileira como as desigualdades socioeconômicas, desconhecimento da população sobre este tipo de câncer e falta ou dificuldade de acesso à saúde explica a baixa taxa de diagnósticos e tratamentos. Reforçando a necessidade da atuação da atenção primária por meio dos técnicos de enfermagem, enfermeiros e médicos nas UBS (Unidades básicas de Saúde) com campanhas educativas de prevenção e diagnóstico precoce, além de uma melhor capacitação de médicos quanto à possibilidade de CCR.
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