Resumo
INTRODUÇÃO: O câncer de pâncreas tem um prognóstico muito desfavorável, com menos de 10% de sobrevida em 5 anos após o diagnóstico. Geralmente assintomático no início, dificulta a detecção precoce e propaga-se rapidamente. Fatores de risco incluem idade, tabagismo e obesidade, com esta última associada a uma maior incidência. A ressecção cirúrgica, método potencialmente curativo, é rara devido à localização e detecção tardia dos tumores, o que resulta em um desfecho fatal. A atenção primária à saúde é crucial na prevenção, especialmente para minimizar disparidades socioeconômicas que podem afetar a incidência. OBJETIVO: Descrever o perfil epidemiológico da Neoplasia Malígna de Pâncreas em adultos no Brasil entre 2017 a 2022. METODOLOGIA: Estudo transversal descritivo com abordagem quantitativa e qualitativa, baseado na coleta dos dados presentes no Sistema de Informações Hospitalares, hospedado no DATASUS sobre a Neoplasia Maligna de Pâncreas notificadas no Brasil entre os períodos de 2017 a 2022. Os dados totalizaram 78.796 internações nesse período. Os indicadores utilizados foram: unidades da federação; gênero; faixa etária; escolaridade; evolução do caso para óbito, raça/etnia e região de ocorrência. Para a revisão de literatura foi pertinente às palavras-chave e o assunto principal sobre a Neoplasia Maligna de Pâncreas utilizando as bases de dados plataformas SciELO e PubMed. Foram selecionados artigos publicados nos últimos 13 anos e que apresentassem ênfase na descrição da doença, seus fatores de risco, os tipos histológicos mais prevalentes, bem como os sintomas e prognóstico. RESULTADOS: Entre 2017 e 2022, o Brasil registrou 78.796 internações por Neoplasia Maligna de Pâncreas. A região Sudeste teve a maior ocorrência, com 47,5% dos casos, sendo SP o estado mais afetado, seguido de MG, RS e PR. CONCLUSÃO: De 2017 a 2022, o câncer de pâncreas foi mais prevalente no Sudeste do Brasil principalmente em São Paulo, totalizando 78.796 casos. A densidade populacional, condições socioeconômicas e acesso a centros médicos avançados influenciaram essa distribuição. O adenocarcinoma representou 90% dos casos. Avanços notáveis foram feitos, incluindo a identificação de fatores de risco como tabagismo e obesidade, e a associação com problemas de glicose e diabetes como indicadores precoces. A tomografia computadorizada é vital para o diagnóstico, mas a compreensão das mutações genéticas continua sendo uma área de investigação necessária.
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