ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO E USO DA ESCALA NIHSS

Resumo

1. O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um problema mundial. Pode ser definido como um déficit neurológico causado, de forma abrupta, pela interrupção do fluxo sanguíneo para o cérebro, de modo isquêmico ou hemorrágico. O AVE isquêmico representa cerca de 80% desses acontecimentos, sendo o mais prevalente e incidente no Brasil. Estima-se que cerca de 15 milhões de pessoas são acometidas por ano e dessas 5 milhões evoluem para óbito. A agressividade dessa patologia faz com que seja uma das principais causas de morte no mundo gerando custos elevados, cerca de 0,66% do PIB global. A escala NIHSS, desenvolvida na década de 80, sofreu alterações no ano de 2004 para melhor utilidade diante da realidade brasileira e é aceita como potencial modificadora do cuidado ofertado para pacientes pós-AVE. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão breve da literatura sobre a aplicabilidade da escala NIHSS em pacientes pós-AVE. Para elaboração deste estudo utilizou-se de bases de dados como SciELO, MEDLINE/PubMED e LILACS. A análise dos dados evidenciou que, mesmo com a existência de programas de combate aos fatores que predispõe a essa patologia, a incidência dessa enfermidade poderá aumentar nos próximos anos e a escala NIHSS, embora tenha sido programada para auxiliar em pesquisas, é aceita como exame clínico mais eficaz para quantificar o déficit neurológico causado por esse agravo. A escala também se mostrou eficiente para determinar o melhor tratamento por permitir, de forma rápida, 5 a 8 minutos a compreensão do estado atual do paciente: quanto a progressão do déficit neurológico. Um fator importante para a aplicação da escala, é a capacitação dos profissionais que pode ser realizada on-line, todavia, deve-se ter cautela ao aplicá-la, pois esta ferramenta foi elaborada para fins de pesquisa.