Perfil Epidemiológico da Leptospirose no Rio Grande do Sul: Análise dos Casos Notificados entre Janeiro de 2020 a Junho de 2024
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Palavras-chave

Leptospirose
zoonoses bacterianas
inundações
epidemiologia

Como Citar

DUTRA, T. A., DA FONSECA, G. D. C. B., & SILVA, J. M. D. S. (2025). Perfil Epidemiológico da Leptospirose no Rio Grande do Sul: Análise dos Casos Notificados entre Janeiro de 2020 a Junho de 2024. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(9), 653–667. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n9p653-667

Resumo

Esse estudo busca como objetivo a análise do perfil epidemiológico da leptospirose no estado do RS entre janeiro de 2020 a junho de 2024, com destaque o ano de 2024, quando ocorreu o maior desastre hídrico da região. A pesquisa se enquadra no tipo transversal e observacional com abordagem quantitativa. Os dados extraídos foram oriundos do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), com base informacional registrada no Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN), na qual foi trabalhado o número total de contaminados, número total de óbitos por agravamento notificado, diferença do número de contaminados por sexo e diferença do número de contaminados por faixa etária, etnia e mesorregiões. Com base na pesquisa, observa-se a vulnerabilidade da população do RS à contaminação por leptospirose, especialmente durante os períodos de enchentes. Esse problema recorrente na região contribui para o aumento da taxa de contágio, o que explica o recorde de casos registrados em 2024. Além disso, o estudo revelou que a predominância da zoonose está concentrada especialmente nos homens brancos economicamente ativos de Porto Alegre, situados entre 20 e 59 anos, com ensino médio completo ou incompleto, revelando maior predisposição desse grupo para contrair essa enfermidade. É de fundamental importância o desenvolvimento de medidas que busquem combater e reduzir os danos das enchentes, que reduzirá o potencial de contaminação da doença na região. Mediante ações como melhoria da infraestrutura, reconhecimento do clima, planejamento antecipado e educação da população quanto à enfermidade, a situação epidemiológica da zoonose será amenizada.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n9p653-667
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