Resumo
INTRODUÇÃO: A dissecção da aorta tipo B é uma condição grave, em que o manejo inicial visa estabilizar o paciente, controlar a pressão arterial e reduzir o impulso cardíaco. Nesse cenário, o reparo endovascular da aorta torácica (TEVAR) emergiu como uma alternativa menos invasiva à cirurgia aberta para casos complicados. OBJETIVO: Comparar a eficácia do TEVAR com a terapia medicamentosa no tratamento da dissecção da aorta tipo B. METODOLOGIA: Este trabalho é uma revisão sistemática de literatura que utilizou artigos das bases de dados Scielo, PubMed e Medline publicados nos últimos 5 anos, além de estudos clássicos anteriores a esse período. Foram incluídos ensaios clínicos randomizados, estudos observacionais, relatos de caso e revisões sistemáticas seguidas de meta-análises. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os estudos comparando TEVAR e TMO na ruptura aórtica precoce mostraram diferenças estatisticamente insignificantes na mortalidade e complicações, embora TEVAR apresente maior risco de dissecção retrógrada e paraplegia. Já na ruptura tardia, TEVAR demonstrou benefícios, reduzindo a incidência de ruptura e promovendo melhor remodelamento aórtico. A necessidade de reintervenção foi maior no grupo TMO, e a trombose total do lúmen falso favoreceu TEVAR. Contudo, o momento ideal para a intervenção ainda é controverso, com riscos associados tanto à abordagem precoce quanto à tardia. CONCLUSÃO: O TEVAR mostrou benefícios na ruptura tardia da dissecção aórtica tipo B, reduzindo mortalidade e promovendo remodelamento, mas apresentou desvantagens em complicações como AVC precoce e reintervenções. O momento ideal para a intervenção ainda é controverso.
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Título
Autor 1 et. al.
Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences
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