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Resumo
Introdução: As cardiopatias congênitas (CC) são caracterizadas por anormalidades estruturais e funcionais do sistema cardiovascular, podendo ou não estar relacionada com aspectos ambientais. Como fatores de risco para CC, tem-se causas hereditárias e não hereditárias, entre as quais o papel das tecnologias de reprodução assistida (TRA) perdura controverso. Objetivo: Avaliar o risco de CC em fetos, lactentes e crianças concebidas por Fertilização In Vitro (FIV) e Injeção Intracitoplasmática de Espermatozóides (ICSI), em comparação com aquelas concebidas espontaneamente. Materiais e Métodos: O presente estudo consiste em uma revisão sistemática de estudos observacionais, através de buscas eletrônicas nas seguintes bases de dados: MedLine via Pubmed, LILACS via BVS, Cochrane library, Scopus via CAPES. Resultados: 10 estudos foram identificados para revisão, incluindo 07 estudos de coorte e 03 estudos de caso-controle. Desses, 07 afirmaram que fetos, lactentes e crianças únicas concebidas por FIV/ICSI têm risco ligeiramente maior de cardiopatia congênita do que aqueles concebidos naturalmente (0,7%-2,1%). Cinco afirmavam que a TRA estava associada a um risco maior de Tetralogia de Fallot (TF). Conclusão: O presente estudo demonstrou que fetos, lactentes e crianças únicas concebidas por FIV/ICSI têm ligeiramente mais risco de CC do que aquelas concebidas naturalmente. Nesse sentido, observou-se uma frequência aumentada de CC após TRA com um espectro heterogêneo de anomalias cardíacas, principalmente defeitos maiores, sendo os mais frequentes a TF, os Defeitos Cardíacos Septais (DCS) e a Persistência do Canal Arterial (PCA). Este maior risco de CC não variou de acordo com o método de TRA.
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