ÓBITOS POR COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS NO BRASIL: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE UMA DÉCADA (2013-2023)
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Palavras-chave

Diabetes mellitus
Óbitos
Análise epidemiológica

Como Citar

Ferreira Belo da Silva, V., Lima de Souza, V., Viana de Almeida, ⁠Leidiana, Ferreira da Rosa, F., Almeida Virgolino, E., Fernando Brasil Bezerra, E., dos Santos Soares, G., Kelly Silva de Albuquerque, A., Jhoice de Santana Ferreira, A., Maria da Cruz Oliveira, I., & Martins Fontoura, V. (2024). ÓBITOS POR COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS NO BRASIL: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DE UMA DÉCADA (2013-2023). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(6), 430–442. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n6p430-442

Resumo

INTRODUÇÃO:A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica significativa, responsável por 60% do ônus global de doenças e 72% das mortes. Até 2045, espera-se que afete 693 milhões de adultos, com a diabetes tipo 2 sendo a mais comum. No Brasil, a DM é um problema de saúde pública, exigindo estudos epidemiológicos para desenvolver políticas de prevenção e manejo eficazes. METODOLOGIA: Um estudo epidemiológico retrospectivo e descritivo foi realizado utilizando dados do DATASUS sobre óbitos por complicações do diabetes mellitus no Brasil de 2013 a 2023. A pesquisa, baseada em informações secundárias de acesso público, analisou quantitativamente e qualitativamente o perfil epidemiológico de 64.710 casos, abordando indicadores como sexo, região, faixa etária, incidência anual e raça. Os dados foram analisados e apresentados por meio de gráficos, dispensando a necessidade de aprovação do Comitê de Ética. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Durante 2013-2023, ocorreram 64.710 óbitos por complicações de diabetes mellitus em adultos no Brasil. A taxa de óbitos variou de 9,72% em 2013 para 8,18% em 2023. A queda até 2018 pode ser atribuída a melhorias no diagnóstico, tratamento e acesso aos cuidados de saúde, mas os aumentos em 2020 e 2021 podem ser devido à letalidade da COVID-19 em pacientes com diabetes. A maioria dos óbitos ocorreu em mulheres (53,33%), com os idosos entre 70-79 anos representando a faixa etária mais afetada. As regiões Sudeste, Nordeste e Sul apresentaram as maiores taxas de mortalidade, refletindo diferenças socioeconômicas e de saúde. Predominância de óbitos entre pardos sugere desigualdades estruturais e de acesso à saúde. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A pesquisa mostrou uma queda nos óbitos por diabetes até 2018, atribuída a melhorias no tratamento e acesso à saúde. No entanto, os aumentos em 2020 e 2021, possivelmente devido à COVID-19, destacam a necessidade de estratégias direcionadas para reduzir desigualdades no acesso aos cuidados médicos.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n6p430-442
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