IMPACTO E DISTRIBUIÇÃO DAS TELECONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS NO SUS DURANTE E APÓS A PANDEMIA DE COVID-19 (2021-2024): ANÁLISE ESTATÍSTICA QUANTITATIVA
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Palavras-chave

Telemedicina
Saúde digital
COVID-19
Investimento público

Como Citar

Rufatto Schmidt, G., Aparecida Gasparetto, G., Laureano, P., Costa, N., Staudt, M., Moro Bussolotto , J., Wendel Goulart , A., Mascarello, E., & Stüpp Hoefling, A. (2025). IMPACTO E DISTRIBUIÇÃO DAS TELECONSULTAS MÉDICAS ESPECIALIZADAS NO SUS DURANTE E APÓS A PANDEMIA DE COVID-19 (2021-2024): ANÁLISE ESTATÍSTICA QUANTITATIVA. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(6), 615–628. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n6p615-628

Resumo

Introdução: A telemedicina tem ganhado relevância no Brasil especialmente a partir da pandemia de Covid-19, consolidando-se como uma alternativa para ampliar o acesso à saúde, especialmente em regiões remotas. Objetivos: Este estudo teve como objetivo analisar quantitativamente a evolução das teleconsultas médicas especializadas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) entre janeiro de 2021 e março de 2024, considerando sua distribuição regional e a relação com o investimento público em saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo e analítico, baseado em dados secundários obtidos no DATASUS e no IBGE. Foram analisadas variáveis como o número de teleconsultas, o montante investido mensalmente, a população por região e a distribuição dos atendimentos no território nacional. A análise estatística foi realizada no software SPSS, utilizando testes de normalidade e coeficientes de correlação de Pearson e Spearman. Conclusão: Os resultados indicaram um aumento expressivo no início de 2021, seguido por uma estabilização nos anos seguintes, além de uma forte correlação positiva entre o volume de teleconsultas e os investimentos realizados. Observou-se, ainda, uma distribuição desigual entre as regiões brasileiras, com predominância de atendimentos no Sudeste. Conclui-se que a telemedicina se consolidou como uma ferramenta viável no SUS, mas que sua expansão equitativa requer continuidade dos investimentos e políticas públicas que promovam maior equidade no acesso aos serviços de saúde digital.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n6p615-628
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