Abstract
A síndrome do ápice orbitário (SAO) é uma condição neurológica rara e complexa que afeta múltiplos nervos cranianos, causando sintomas como oftalmoplegia dolorosa, proptose, ptose, perda de visão e hipoestesia na região periorbital. Suas principais causas incluem inflamações, infecções, neoplasias e processos vasculares. O diagnóstico e tratamento precoces são essenciais para evitar complicações permanentes, como perda de visão e neuropatias ópticas. O manejo da SAO exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo oftalmologistas, neurologistas e radiologistas, sendo o tratamento guiado pela identificação da causa subjacente. O objetivo desta revisão sistemática é analisar a apresentação aguda da síndrome do ápice orbitário, suas causas, diagnóstico, tratamento e as implicações tardias nos desfechos clínicos dos pacientes, com base em um estudo abrangente da literatura existente. Foram utilizadas as seguintes bases de dados científicas: Scopus e PubMed, para a seleção dos artigos, como o uso dos unitermos em língua inglesa: “Orbital apex syndrome, Acute presentation, Long-term complications, Ophthalmologic diagnosis”. Conclui-se que a síndrome do ápice orbitário (SAO) é uma condição aguda caracterizada por oftalmoplegia dolorosa e perda visual, resultante da compressão dos nervos cranianos que passam pelo ápice orbitário. O diagnóstico precoce, por meio de ressonância magnética, é essencial para diferenciar a SAO de outras condições semelhantes, como a síndrome do seio cavernoso. O tratamento varia de corticosteroides a intervenções cirúrgicas em casos de infecção ou tumores. A abordagem multidisciplinar é fundamental para otimizar os desfechos, prevenindo complicações como fibrose residual e perda visual irreversível. O manejo eficaz da SAO requer um acompanhamento a longo prazo e um plano terapêutico individualizado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
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