Abordagem para a via aérea difícil em adultos para medicina de emergência e cuidados intensivos
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Keywords

Difficult airway; Recognition; Management; Adults.

How to Cite

Castiel, D. F. N., Faria, A. O. V. de, Guimarães, P. P. R., & Mion, T. (2024). Abordagem para a via aérea difícil em adultos para medicina de emergência e cuidados intensivos . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 6(10), 03–17. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p03-17

Abstract

Introduction: Unless not possible due to the patient's status (e.g., combative) or the urgency of the required air intervention, the clinician preparing to perform rapid sequence intubation (RSI) should perform an airway assessment to determine the difficulty of intubation, bag mask ventilation (BMV), extraglottic device (EGD) placement, and cricothyrotomy. Impaired physiology (e.g., hypoxia, metabolic acidosis, hemodynamic instability) should also be considered when making airway management decisions. Failure to recognize and plan for difficult intubation is a major factor contributing to a failed airway and poor patient outcomes. Objective: to discuss recognition of the difficult airway in adults and its management. Methodology: Literature review from Scielo, PubMed and VHL databases, from March to May 2024, with descriptors: "Difficult airway" "management" AND "adults". Articles from 2019-2024 were included (total 59), excluding other criteria and choosing 05 full articles. Results and Discussion: The first assessment is to determine whether the patient has a "cardiac arrest" (i.e., presenting in cardiac arrest, agonal or absent respirations with absent or nearly absent circulation, or when chest compressions have begun). The next step is to determine whether the patient has an anatomically difficult airway. This requires assessment of specific patient attributes to predict the likelihood of difficulty in performing any of the major airway management procedures: direct laryngoscopy and intubation, bag mask ventilation (BMV), surgical airway management, and ventilation using a extraglottic airway. Afterwards, assess whether there is any risk factor: increased risk of apnea intolerance, hemodynamic instability or cardiovascular collapse with rapid sequence intubation (RSI), positive pressure ventilation or both. RSI is the standard choice in patients with spontaneous circulation, no anatomically difficult airway, and no high-risk physiological disorders.  Predictive attributes of difficult direct laryngoscopy and intubation can be identified using the LEMON mnemonic: Look, Assess (3-3-2), Mallampati, Obstruction/obesity, Neck mobility. The key determinations are whether the operator is "forced into action" and, if not, whether the patient's oxygenation is adequate (i.e., oxyhemoglobin [SpO2] saturation >92%). The first action is to obtain all necessary assistance (personnel, equipment, airway devices). In a "forced to act" situation, we suggest proceeding immediately with rapid sequence medication administration, even if intubation is anticipated to be difficult. Using a video laryngoscope rather than a direct laryngoscope is preferable in these cases. If the operator is not forced to act, but oxygenation is inadequate, attempts are made to improve it with supplemental oxygen or BMV. Conclusion: Unless not possible due to the patient's status (e.g., combative) or the urgency of the required air intervention, the clinician preparing to perform rapid sequence intubation (RSI) should perform an airway assessment to determine the difficulty of intubation, bag mask ventilation (BMV), extraglottic device (EGD) placement, and cricothyrotomy. Impaired physiology (e.g., hypoxia, metabolic acidosis, hemodynamic instability) should also be considered when making airway management decisions.

 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2024v6n10p03-17
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Os mnemônicos para identificação de vias aéreas difíceis citados nesta revisão são reproduzidos com permissão do The Difficult Airway Course™: Emergency.

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