Abstract
Introdução:Os casos de urgência e emergência (UE) são as mais importantes causas de incapacitação física permanente ou temporária, o que gera perdas econômicas, previdenciárias e grandes gastos no tratamento. Entretanto, mesmo diante dessa realidade, o ensino de UE nas escolas de Medicina apresenta lacuna, de modo que os alunos recém-formados se sentem inseguros e muitas vezes tecnicamente despreparados para o atendimento em situações de emergência. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa do tipo pesquisa-ação Relato de experiência: Realizou-se semanalmente capacitações internas utilizando estratégias de metodologias ativas com os membros da Liga acadêmica de Trauma, Urgência e Emergência, com a finalidade de capacitar estes a atuar com proficuidade na linha de frente em situações de risco iminente de vida como futuros profissionais médicos e de comparar sua efetividade em relação as estratégias tradicionais de ensino.Discussão:Tais metodologias procuram enxergar os sujeitos como protagonistas do seu processo de aprendizagem. Nesse contexto, convém ressaltar o papel das ligas acadêmicas de medicina (LAM) no que tange ao protagonismo estudantil no processo ensino-aprendizagem e à atenuação das lacunas no ensino de Urgência e Emergência nas escolas de medicina, sendo capazes de desenvolver habilidades como trabalhar em equipe, produzir sob pressão, ter senso crítico, coletivo e interdisciplinar ou resolver problemas. Conclusão: Os métodos e modelos não tradicionais de ensino, quando bem estruturados e fundamentados, são aliados na construção de uma formação de nível superior integral, agregando competências e preparando profissionais melhores.
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