Resumo
Este artigo realiza uma revisão sistemática dos impactos na saúde associados ao uso de psicoestimulantes, abrangendo contextos clínicos e recreativos. A introdução destaca a relevância do tema diante da prevalência dessas substâncias e da necessidade de compreender seus efeitos abrangentes. A metodologia adotada envolveu uma busca bibliográfica extensiva em bases como PubMed e Scopus, estabelecendo critérios claros de inclusão/exclusão e aplicando uma avaliação rigorosa da qualidade dos estudos selecionados. Na discussão, exploramos os benefícios terapêuticos desses psicoestimulantes, evidenciando sua eficácia no tratamento de condições como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Contudo, a análise abrange também os riscos físicos e mentais, especialmente quando essas substâncias são utilizadas fora do contexto médico, evidenciando a associação com complicações cardiovasculares e transtornos psiquiátricos. A diferenciação crucial entre o uso terapêutico e o recreativo é destacada, enfatizando a importância de uma avaliação individualizada para compreender os riscos e benefícios associados a cada contexto de uso. A conclusão ressalta a necessidade de clareza na comunicação sobre o uso de psicoestimulantes, uma avaliação cuidadosa dos impactos a longo prazo e a implementação de estratégias de saúde pública sensíveis às influências sociais e culturais. Este trabalho contribui para a compreensão abrangente dos impactos na saúde relacionados a psicoestimulantes, fornecendo insights valiosos para profissionais de saúde, pesquisadores e formuladores de políticas no manejo dessas substâncias em diferentes contextos.
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