Resumo
A Tinea Capitis, ou infecção fúngica do couro cabeludo, é uma condição dermatofítica que afeta principalmente crianças e é causada por dermatófitos, que são fungos capazes de infectar tecidos queratinizados. Existem três grupos de dermatófitos: antropofílicos, zoófilos e geofílicos. As manifestações clínicas variam desde lesões pouco inflamatórias a placas inflamatórias granulomatosas, dependendo da etiologia e resposta imune do hospedeiro. O diagnóstico envolve sinais clínicos, exames laboratoriais, como cultura fúngica e exame direto, e tricoscopia.
A Tinea Capitis é diferenciada de outras condições que causam alopecia e descamação do couro cabeludo, como a alopecia areata e a tricotilomania. O tratamento inclui antifúngicos sistêmicos e tópicos, com o objetivo de erradicar o fungo, aliviar os sintomas, prevenir a alopecia cicatricial e reduzir a transmissão. O tratamento sistêmico requer monitoramento devido a possíveis efeitos colaterais e interações medicamentosas. O tratamento tópico ajuda a prevenir a disseminação secundária de esporos de fungos. Crianças refugiadas de origem africana enfrentam desafios para obter tratamento eficaz, mas a griseofulvina tem se mostrado eficaz na maioria dos casos, com poucos efeitos colaterais. É importante combinar tratamentos tópicos e orais para minimizar a propagação da doença. O diagnóstico diferencial envolve a distinção entre Tinea Capitis, tricotilomania e alopecia areata. Além disso, a abordagem de saúde mental e os desafios enfrentados pelas pessoas afetadas são destacados. O trabalho enfatiza a importância do diagnóstico precoce, do tratamento eficaz e da pesquisa contínua para melhorar as estratégias de tratamento e prevenção, visando melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa infecção. O conhecimento, a conscientização e o investimento em cuidados relacionados à Tinea Capitis são essenciais para garantir tratamentos mais eficientes e apoio abrangente aos pacientes, abordando não apenas questões médicas, mas também emocionais e sociais relacionadas à doença.
Referências
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