OS RISCOS DO REMANEJAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA SANAR AUSENCIA DIÁRIA NA ESCALA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI)
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Palavras-chave

Remanejamento na UTI, riscos na UTI, saúde enfermagem

Como Citar

Araújo, A. P. A. dos S., Vieira , C. B. T., & Ramos, E. F. (2023). OS RISCOS DO REMANEJAMENTO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM PARA SANAR AUSENCIA DIÁRIA NA ESCALA DA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(5), 1701–1717. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n5p1701-1717

Resumo

As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) surgiram da necessidade de atender, de maneira diferenciada e intensiva, o paciente crítico. Essa especificidade do cuidado exige de seus trabalhadores altos padrões de conhecimento técnico e científico, além de diversas outras competências para o trabalho em equipe. Nesse cenário, para atingir a excelência na qualidade do cuidado, otimizar os recursos existentes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e alocar uma equipe qualificada para assistência são quesitos fundamentais pois demandam elevados gastos institucionais com recursos físicos, tecnológicos e humanos para oferecerem assistência adequada e segura. 

Para se alcançar a qualidade na assistência prestada na UTI é de suma importância considerar que o número de trabalhadores de enfermagem e sua qualificação por categoria profissional devem ser previstos pelo enfermeiro coordenador, por meio da metodologia do dimensionamento de pessoal de enfermagem, respeitando-se minimamente o preconizado pelo Ministério da Saúde através da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), assim como o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), e tal definição consiste em um instrumento gerencial para o planejamento de uma assistência de qualidade, em razão de auxiliar na adequação do quadro de pessoal às necessidades da clientela e às características do Serviço de Enfermagem da instituição.

A American Nurses Association (ANA) conceitua Qualidade no Cuidado de Enfermagem como “os procedimentos de Enfermagem possíveis, sem erros, que atendam o paciente da forma mais apropriada possível, seguindo princípios éticos, visando o equilíbrio e garantindo a satisfação do cliente e da família”. (VIEIRA, 2010)

A qualidade do cuidado não está garantida somente pela qualificação de seus profissionais, mas também pela quantificação desses para o desenvolvimento das atividades legalmente previstas. Portanto, um quantitativo adequado de profissionais que tenha como diretriz as demandas de cuidados dos pacientes é premissa indispensável ao cuidado de qualidade, uma vez que favorece um ambiente saudável, devido à redução da sobrecarga de trabalho e, consequentemente, oferece menor risco à clientela (ANDOLHE; PADILHA, 2012).

Nas instituições hospitalares, o serviço de enfermagem representa papel fundamental no processo assistencial. Logo o dimensionamento de pessoal de enfermagem é definido como um processo sistemático, que fundamenta o planejamento e a avaliação do quantitativo e qualitativo de profissionais, necessário para prover a assistência, de acordo com a singularidade dos serviços de saúde, que garantam a segurança dos usuários e dos trabalhadores (FUGULIN, 2010). 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n5p1701-1717
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Referências

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