Resumo
Este artigo tem por objetivo identificar e analisar o perfil epidemiológico da sífilis congênita no Brasil, no período de 2017 a 2021. O presente artigo se trata de um estudo epidemiológico, retrospectivo, de caráter descritivo, sobre os casos de sífilis congênita no Brasil e suas regiões, com dados obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), entre 2017 e 2021. As variáveis de interesse foram: faixa etária do recém-nascido, sexo, etnia, região, escolaridade e faixa etária materna, realização do pré-natal, sífilis materna, tratamento do parceiro e evolução dos casos. Verificou-se que no período de 2017 a 2021 foram registrados 109.737 casos de sífilis congênita. Durante esse período, o ano de 2018 foi responsável pela maioria dos números dos casos, sendo prosseguido por uma queda até o ano de 2021. Os resultados deste estudo destacam uma elevada taxa de ocorrência de sífilis congênita no país. No entanto, é crucial ressaltar as limitações dos dados apresentados, devido à subnotificação significativa de casos. Portanto, é fundamental estruturar e implementar ações para controlar essa doença e melhorar sua notificação. A sífilis congênita é uma condição evitável, mas suas consequências são numerosas, especialmente para o feto.
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