A ACURÁCIA DA ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES TEMPOROMANDIBULARES
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Palavras-chave

Ultrassonografia; Articulação temporomandibular; Disfunções da articulação temporomandibular; Síndrome da disfunção temporomandibular.

Como Citar

Ferreira, M. G., Amaral, W. N. do, Teixeira, K. I. S. S., Tesch, R. S., & Silva, W. R. da. (2025). A ACURÁCIA DA ULTRASSONOGRAFIA NO DIAGNÓSTICO DAS ALTERAÇÕES TEMPOROMANDIBULARES. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(9), 1042–1059. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n9p1042-1059

Resumo

Introdução: As disfunções temporomandibulares (DTM) são condições multifatoriais que acometem a articulação temporomandibular (ATM), gerando dor, limitação funcional e ruídos articulares. A ultrassonografia (USG) tem sido proposta como método complementar à ressonância magnética (RM) para avaliação da ATM. Objetivos: -. Avaliar a acurácia da Ultrassonografia na Patologia da Articulação Temporomandibular. Métodos: Estudo observacional, analítico e transversal, com abordagem quantitativa, realizado com 33 pacientes, totalizando 66 articulações temporomandibulares (ATMs). Todos os participantes foram submetidos à anamnese, exame clínico e avaliação por dois métodos de imagem: ultrassonografia (US) e ressonância magnética (RM), esta considerada padrão ouro para o diagnóstico das desordens temporomandibulares (DTMs). A ultrassonografia foi realizada com transdutor linear de alta frequência (12 MHz), segundo protocolo padronizado, e as imagens obtidas r examinadores cegos aos achados da RM, as medidas de desempenho diagnóstico da USG foram calculadas, incluindo sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo, e acurácia. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0,05) .Resultados: Considerando a Ultrassonografia como teste diagnóstico, e a Ressonância Magnética como padrão ouro na detecção das desordens temporomandibulares, verificou-se que a sensibilidade foi de 98,2%, a especificidade de 70,0%, o valor preditivo positivo de 94,8%, o valor preditivo negativo de 87,5% e a acurácia de 93,9%.Conclusão: A ultrassonografia mostrou-se um método promissor no diagnóstico inicial das DTMs, por ser acessível, não invasivo e de menor custo. Sua incorporação na prática clínica pode auxiliar profissionais na triagem de casos assintomáticos e contribuir para um diagnóstico precoce da doença.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n9p1042-1059
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