Resumo
Introdução: A obesidade materna é uma condição endócrino-metabólica crônica que impacta negativamente a saúde materna e neonatal. Este fenômeno é associado a complicações como diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro e obesidade infantil precoce. A pesquisa destaca a importância de compreender os efeitos da obesidade materna para mitigar seus impactos adversos. Objetivo: O estudo tem como objetivo revisar os impactos da obesidade materna durante a gestação, identificar as principais complicações e propor estratégias de prevenção e intervenção. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática baseada em artigos publicados entre 2019 e 2024 nas bases PubMed e Science Direct. Foram analisados estudos em inglês e português que abordavam complicações obstétricas associadas à obesidade. Após a aplicação de critérios de inclusão, 8 artigos foram selecionados para a revisão. Resultados e Discussão: Os artigos selecionados demonstraram que a obesidade materna está associada a um aumento significativo de complicações gestacionais e neonatais, incluindo morbidade hipóxica e traumática neonatal, maior prevalência de cesarianas e partos prematuros. Alterações metabólicas intrauterinas também aumentam os riscos de obesidade e comorbidades na prole. A análise destacou que condições como diabetes gestacional e pré-eclâmpsia medeiam esses efeitos adversos. Conclusão: A obesidade materna constitui um fator de risco importante para desfechos adversos na saúde materno-infantil. Estratégias multidisciplinares, com foco em controle de peso e cuidados pré-natais, são essenciais para reduzir complicações. Políticas públicas que promovam uma abordagem integral às gestantes obesas são fundamentais para garantir melhores resultados maternos e neonatais.
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