Qualidade de Vida de Pacientes em Tratamento Oncológico

Resumo

INTRODUÇÃO: O câncer permanece como uma das principais ameaças à saúde global. A complexidade da doença e dos tratamentos oncológicos impactam na qualidade de vida (QV) física, emocional e social dos pacientes, contribuindo negativamente na sobrevida. Intervenções farmacológicas e não farmacológicas têm sido empregadas para mitigar esses efeitos adversos. OBJETIVOS: Revisar os impactos físicos, emocionais e sociais do tratamento oncológico na QV dos pacientes; analisar a eficácia de intervenções não farmacológicas como atividade física, suporte psicológico e arteterapia; analisar estratégias farmacológicas; e propor recomendações baseadas em evidências. METODOLOGIA: Revisão bibliográfica conduzida entre fevereiro e julho de 2025, nas bases de dados PubMed e SciELO, utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Medical Oncology”, “Quality of Life” e “Neoplasms”. Critérios de inclusão: revisões ou meta-análises publicadas entre 2000 e 2025. Foram excluídos artigos duplicados e resumos que não abordassem diretamente o tema. A amostra final foi composta por 15 artigos. RESULTADOS: O diagnóstico e tratamento do câncer têm impacto emocional, levando a ansiedade e depressão. A arteterapia demonstrou-se eficaz na redução de sintomas emocionais se inserida em uma abordagem terapêutica ampla. Yoga e exercícios físicos melhoraram o sono, a fadiga e o bem-estar geral. Intervenções farmacológicas com atuação de farmacêuticos clínicos promoveram maior adesão terapêutica, redução de efeitos colaterais e melhores desfechos clínicos. No entanto, limitações metodológicas e ausência de padronização dificultam a ampla aplicação das práticas integrativas. Cuidados paliativos precoces e suporte psicossocial contínuo também minimizaram o sofrimento físico e emocional dos pacientes e familiares. CONCLUSÃO: O tratamento oncológico deve ser multidimensional, integrando terapias farmacológicas e intervenções complementares baseadas em evidências. Atividade física, arteterapia e suporte psicossocial revelaram impacto positivo na QV. A atuação do farmacêutico clínico melhora a adesão ao tratamento e a segurança do paciente. A integração de tratamentos convencionais e abordagens complementares promove um cuidado mais humanizado e eficaz.