AVALIAÇÃO DO USO DE ANTICONCEPCIONAIS EM MULHERES

Resumo

Introdução: o uso de contraceptivos orais é indicado para as mulheres em idade reprodutiva para evitar gestações. Objetivo: Caracterizar a prevalência do uso de anticoncepcionais orais ou injetáveis em uma amostra de mulheres em idade reprodutiva e verificar se existem efeitos adversos associados ao seu uso. Método: foi realizada uma pesquisa através de formulário eletrônico entre abril de 2022 e março de 2023. Foram pesquisados dados sobre o perfil socioeconômico, uso de anticoncepcionais e eventos adversos. Resultados: foram respondidos 303 questionários.  A idade média foi de 23,13 ± (3,35) anos e o IMC de 23,9± (3,77) kg/m² indicando eutrofia. 85,5% das mulheres se declaram solteira, a maioria (94,2%) reside no Rio Grande do Sul e 28,9% possuem renda familiar de mais de 10 salários-mínimos. Parte dos usuários (86,8%) faz uso de anticoncepcionais hormonais, seguido de 8,3% que não usam contraceptivos e apenas 4,9% utiliza contraceptivos não hormonais. Sobre a pílula hormonal, 34% utiliza a combinação de etinilestradiol 0,035mg associado a um progestágeno, seguido da dosagem mais baixa de 0,02 de etinilestradiol associado a um progestágeno (27,8%), 13,2% utilizam somente progestágenos sintéticos. Referente ao histórico familiar se observa que o principal fator de risco é o câncer de mama (18,8%). Em relação aos efeitos adversos, a maioria (51,4%) relatou a ocorrência de algum efeito colateral ao uso do anticoncepcional. Os principais efeitos adversos relatados foram: diminuição da libido, ganho de peso, cefaleia/enxaqueca e alterações dermatológicas. Considerações finais: apesar da ocorrência de efeitos colaterais, pode-se concluir que estes são leves e o risco/benefício quanto ao uso de anticoncepcional deve ser considerado pelo médico e paciente baseado no histórico familiar de câncer de mama ou qualquer outra contraindicação.