Revisão sobre a Relevância das Lesões Orais no Reconhecimento do Abuso Infantil
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Palavras-chave

Abuso infantil
Diagnóstico Odontológico
Lesões Bucais

Como Citar

Lima, L. M. de, Morais, R. G. e, Freitas, G. S. R., Silva, C. F., Castro, J. H. D. de, Garcia, K. V. I., Guimarães, K. S. F. de M., Lucas, L. R., Tamura, W., & Pirola, W. E. (2025). Revisão sobre a Relevância das Lesões Orais no Reconhecimento do Abuso Infantil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(5), 140–155. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n5p140-155

Resumo

Introdução: Este estudo investigou as lesões traumáticas orais como indicativo de abuso infantil, destacando a importância da detecção precoce desses sinais. O abuso infantil pode se manifestar por meio de lesões orais e maxilofaciais, o que torna o cirurgião-dentista (CD) um profissional essencial na identificação e encaminhamento desses casos. Metodologia: Foi realizada uma revisão sistemática da literatura, seguindo os critérios PRISMA, com a inclusão de nove estudos originais publicados entre 2020 e 2025, selecionados nas bases de dados: PubMed, Portal Regional da BVS, Scielo e Google Acadêmico. A pesquisa incluiu estudos que investigaram a relação entre lesões orais e suspeitas de maus-tratos infantis. Resultados e Discussão: As lesões traumáticas orais frequentemente associadas ao abuso infantil foram lacerações e contusões, especialmente na região dos lábios, boca e face. As quais podem ser indicativas de violência física e, muitas vezes, são identificadas em crianças que enfrentam dificuldades em relatar a origem dos ferimentos. Considerações Finais: Conclui-se que os profissionais de saúde, como os cirurgiões-dentistas, desempenham um papel fundamental na identificação dessas lesões, visto que os cuidadores, muitas vezes, tendem a minimizar ou justificar os danos. As lesões traumáticas orais podem ser um importante indicativo de abuso infantil, ressaltando na necessidade de capacitar os profissionais de saúde e fortalecer as políticas públicas para a proteção das crianças.
https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n5p140-155
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