Internações por Febre Hemorrágica da Dengue no Brasil: Uma Análise dos Últimos Cinco Anos

Resumo

INTRODUÇÃO: A febre hemorrágica da dengue (FHD) representa a manifestação mais crítica da infecção pelo vírus da dengue, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, exigindo hospitalização imediata. OBJETIVO: Analisar e descrever o perfil epidemiologico das internações por febre hemorráfica da dengue Brasil, entre 2020 e 2024. METODOLOGIA: Estudo epidemiológico, descritivo, quantitativo e retrospectivo acerca das internações por FHD no Brasil, entre janeiro de 2020 a dezembro de 2024. As informações foramextraídas do SIH/SUS por meio da plataforma DATASUS. Foram analisadas unidade da federação/região geográfica, ano de processamento, faixa etária, sexo, cor/raça, caráter do atendimento e valor total das internações. A tabulação e análise dos dados foram realizadas no Microsoft Excel, com posterior organização em tabelas e gráficos no Microsoft Word. RESULTADOS: Entre 2020 e 2024, foram registradas 18.827 internações por FHD no Brasil. O Sudeste liderou em casos (37,35%) e o Norte teve os menores índices (6,88%). O ano de 2021 apresentou o menor número de internações e gastos (6,50%;R$ 809.337,47) e 2024 o maior em ambos (52,92%; R$ 9.663.602,40). A faixa etária mais acometida foi de 20 a 29 anos (15,8%), com predomínio do sexo feminino (53,69%) e de indivíduos pardos (57,04%). A maioria dos atendimentos foi de urgência (96,17%). CONCLUSÃO: Os achados deste estudo evidenciam um aumento nas internações por FHD no Brasil. O perfil epidemiológico revela maior incidência entre mulheres de 20 a 29 anos, pardas e residentes no Sudeste. Esses dados ressaltam a importância da prevenção e da detecção precoce dos sinais de alarme, tanto pelos profissionais de saúde quanto pela população.