Perfil Epidemiológico da Neoplasia Maligna de Pâncreas no Brasil
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Palavras-chave

Epidemiologia
Neoplasia de Pâncreas
Mortalidade.

Como Citar

Giovanna Brasil Pinheiro, Daniele Martins de Lima Oliveira, Bruno de Santana Santos, reis, N., Heloisa Monique da Silva, Rhayana Oliveira Falcão, Jamile Santos Reis, Rodrigo Pessoa Leite, Carla Pereira Cardoso, Lourdes Andresa Ramos de Oliveira, André Bastos Melo de Santana, Layza Emanuele Santos Andrade, Marina Loeser de Carvalho Lima, Carolina Rezende de Brito, & Paradis, R. J. M. (2025). Perfil Epidemiológico da Neoplasia Maligna de Pâncreas no Brasil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(3), 2072–2089. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n3p2072-2089

Resumo

Introdução: A  neoplasia  maligna de  pâncreas (NMP) é  uma  doença  com  prognóstico  muito  desfavorável, visto  que  possui  menos  de  10%  de  sobrevida  em  5  anos  após  o  diagnóstico.  À medida que a doença progride, podem surgir sintomas como desconforto abdominal, enjoos, perda de peso, falta de apetite e coloração amarelada da pele e dos olhos. O diagnóstico é feito por meio da clínica, marcadores sorológicos e exames de imagem. Diante desse contexto, o objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico por neoplasia maligna de pâncreas, em todas as idades, no Brasil e suas regiões, entre 2013 e 2023. Metodologia: Trata-se   de   um   estudo epidemiológico  realizado tendo  como  embasamento  os  dados  do  departamento  de informação  de  saúde  do  SUS  (Sistema  Único  de  Saúde).  As  variáveis  utilizadas  foram:  internações  hospitalares, óbitos,  faixa  etária,  cor/raça,  sexo,  gastos  hospitalares  e  macrorregião  de saúde. Ademais, realizou-se uma pesquisa em plataformas científicas  como o Scielo e o Pubmed, utilizando dos seguintes descritores: epidemiologia, neoplasia de pâncreas e mortalidade.  Resultados: 130.033 internações ocorreram por neoplasia de pâncreas no período analisado. O maior ano de hospitalizações foi 2013, a região Sudeste é responsável pelo maior número de hospitalizações, bem como destaque na quantidade de indivíduos que faleceram por NMP. As internações na região Sudeste são mais custosas (R$ 96.610.664,65), no entanto o gasto hospitalar por paciente internado foi maior na região Nordeste (R$ 2.025,29/internação). No que tange ao peírodo médio de internação por ambos os sexos e em todas as idades o resultado foi de 7,2 dias, sendo a região Norte responsável pelo maior número (10 dias). Além disso, Homens, brancos, com idades entre 60 e 69 anos são os mais acometidos (31,57%). Conclusão: Portanto, campanhas educativas sobre os sintomas e fatores de risco, juntamente com exames de rastreamento adequados para populações de alto risco, são fundamentais para aumentar as taxas de detecção precoce e melhorar os resultados no tratamento do câncer de pâncreas.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n3p2072-2089
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