Análise Epidemiológica da Chikungunya no Nordeste Brasileiro: Uma revisão integrativa
PDF

Palavras-chave

Vírus Chikungunya
Brasil
Nordeste

Como Citar

Andrade Castro, S. M., Oliveira Silva Lopes, C., Silva Pierote, C., Neves Gonçalves, A. F., Fagundes Guimarães, C. P., Nascimento Antunes, L., Da Cruz Brito, A., Joelma Rodrigues De Lima, F., Coelho Santos Monteiro, A. I., Dos Santos Pereira, Y. F., Costa De Castro Machado, L., Novais Gomes, F. L., De Medeiros Fazio Oliveira , G., Da Silva Fernandes, C., & Alves Nascimento, J. P. (2025). Análise Epidemiológica da Chikungunya no Nordeste Brasileiro: Uma revisão integrativa . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(4), 433–443. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n4p433-443

Resumo

Introdução: O vírus Chikungunya (CHIKV), da família Togaviridae, é transmitido por mosquitos Aedes e causa febre, artralgia intensa, cefaleia e mialgia. Surgiu na Tanzânia em 1953 e se espalhou globalmente, incluindo o Brasil em 2014, afetando principalmente o Nordeste. Manifestações graves, como neurológicas, podem ocorrer, sobretudo em vulneráveis. Este estudo analisa fatores espaciais e socioeconômicos que influenciam a disseminação e impacto da doença no Nordeste brasileiro. Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura segundo as diretrizes PRISMA, utilizando a base PubMed. A busca focou em estudos sobre Chikungunya no Nordeste brasileiro, publicados nos últimos 5 anos, em português e inglês. De 78 referências, 27 foram excluídas por data e 44 por inadequação temática. Após análise independente de dois pesquisadores, 7 estudos relevantes foram selecionados. Resultados e discussão: A chikungunya, causada pelo vírus CHIKV, desafia a saúde pública no Nordeste do Brasil, com 1.154.535 casos notificados entre 2015 e 2021 e surtos significativos em estados como Ceará, Piauí e Bahia. Características socioeconômicas desfavoráveis, baixa cobertura de vegetação e precariedade hídrica aumentam a incidência. Idosos e crianças são mais vulneráveis, com letalidade maior em populações com comorbidades. Picos epidêmicos ocorrem sazonalmente, especialmente entre fevereiro e julho, com surtos concentrados em áreas urbanas densas. Apesar dos avanços, a vigilância epidemiológica enfrenta desafios como baixa confirmação laboratorial (78,6% de casos prováveis) e subnotificação de óbitos (10% não registrados). Além de sintomas comuns como febre e artralgia, complicações graves incluem encefalite e mortalidade associada a fatores de risco como comorbidades crônicas. A análise destaca a necessidade de melhorar a infraestrutura urbana e fortalecer a vigilância para controlar a disseminação e minimizar os impactos do CHIKV na região. Conclusão: A chikungunya desafia a saúde pública no Nordeste do Brasil devido a fatores socioeconômicos, ambientais e infraestrutura precária. Estratégias integradas e vigilância robusta são essenciais 

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n4p433-443
PDF

Referências

Cardoso, F. D., Rezende, I. M. de, Barros, E. L. T., Sacchetto, L., Garcês, T. C. de C. S., Silva, N. I. O., Alves, P. A., Soares, J. O., Kroon, E. G., Pereira, A. C. T. da C., Drumond, B. P., & Ferreira, G. P. (2019). Circulation of Chikungunya virus East-Central-South Africa genotype during an outbreak in 2016-17 in Piaui State, Northeast Brazil. Revista Do Instituto de Medicina Tropical de Sao Paulo, 61, e57. https://doi.org/10.1590/S1678-9946201961057

de Lima, S. T. S., de Souza, W. M., Cavalcante, J. W., da Silva Candido, D., Fumagalli, M. J., Carrera, J.-P., Simões Mello, L. M., De Carvalho Araújo, F. M., Cavalcante Ramalho, I. L., de Almeida Barreto, F. K., de Melo Braga, D. N., Simião, A. R., Miranda da Silva, M. J., Alves Barbosa Oliveira, R. de M., Lima, C. P. S., de Sousa Lins, C., Barata, R. R., Pereira Melo, M. N., Caldas de Souza, M. P., … Miyajima, F. (2021). Fatal outcome of Chikungunya virus infection in Brazil. Clinical Infectious Diseases: An Official Publication of the Infectious Diseases Society of America, 73(7), e2436–e2443. https://doi.org/10.1093/cid/ciaa1038

de Mendonça, M. F. S., Silva, A. P. de S. C., & Lacerda, H. R. (2023). A spatial analysis of co-circulating dengue and chikungunya virus infections during an epidemic in a region of Northeastern Brazil. Spatial and Spatio-Temporal Epidemiology, 46, 100589. https://doi.org/10.1016/j.sste.2023.100589

de Souza, W. M., de Lima, S. T. S., Simões Mello, L. M., Candido, D. S., Buss, L., Whittaker, C., Claro, I. M., Chandradeva, N., Granja, F., de Jesus, R., Lemos, P. S., Toledo-Teixeira, D. A., Barbosa, P. P., Firmino, A. C. L., Amorim, M. R., Duarte, L. M. F., Pessoa, I. B., Jr, Forato, J., Vasconcelos, I. L., … Weaver, S. C. (2023). Spatiotemporal dynamics and recurrence of chikungunya virus in Brazil: an epidemiological study. The Lancet. Microbe, 4(5), e319–e329. https://doi.org/10.1016/S2666-5247(23)00033-2

Frutuoso, L. C. V., Freitas, A. R. R., Cavalcanti, L. P. de G., & Duarte, E. C. (2020). Estimated mortality rate and leading causes of death among individuals with chikungunya in 2016 and 2017 in Brazil. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 53, e20190580. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0580-2019

Gardini Sanches Palasio, R., Marques Moralejo Bermudi, P., Luiz de Lima Macedo, F., Reis Santana, L. M., & Chiaravalloti-Neto, F. (2023). Zika, chikungunya and co-occurrence in Brazil: space-time clusters and associated environmental-socioeconomic factors. Scientific Reports, 13(1), 18026. https://doi.org/10.1038/s41598-023-42930-4

Mendonça, M. F. S. de, Silva, A. P. de S. C., & Lacerda, H. R. (2023). Factors associated with death from dengue and chikungunya virus infection during an epidemic period in Northeast Brazil: A retrospective cohort study. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 56, e0030. https://doi.org/10.1590/0037-8682-0030-2023

Nunes, M. R. T., Faria, N. R., de Vasconcelos, J. M., Golding, N., Kraemer, M. U. G., de Oliveira, L. F., Azevedo, R. do S. da S., da Silva, D. E. A., da Silva, E. V. P., da Silva, S. P., Carvalho, V. L., Coelho, G. E., Cruz, A. C. R., Rodrigues, S. G., da Silva Gonçalves Vianez, J. L., Jr, Nunes, B. T. D., Cardoso, J. F., Tesh, R. B., Hay, S. I., … da Costa Vasconcelos, P. F. (2015). Emergence and potential for spread of Chikungunya virus in Brazil. BMC Medicine, 13(1). https://doi.org/10.1186/s12916-015-0348-x

Organização Pan-Americana da Saúde; Organização Mundial da Saúde. Epidemiological alert: chikungunya and dengue fever in the Americas. Washington, D.C.: PAHO/WHO, 29 ago. 2014. Disponível em: https://iris.paho.org/handle/10665.2/50699. Acesso em: 13 jan. 2025.

Powers, A. M., & Logue, C. H. (2007). Changing patterns of chikungunya virus: re-emergence of a zoonotic arbovirus. The Journal of General Virology, 88(Pt 9), 2363–2377. https://doi.org/10.1099/vir.0.82858-0

Presti, L., Cella, A., Angeletti, E., & Ciccozzi, S. (2016). Molecular epidemiology, evolution and phylogeny of Chikungunya virus: an updating review. Infect Genet Evol, 41, 270–278.

Robinson, M. C. (1955). An epidemic of virus disease in Southern Province, Tanganyika Territory, in 1952-53. I. Clinical features. Transactions of the Royal Society of Tropical Medicine and Hygiene, 49(1), 28–32. https://doi.org/10.1016/0035-9203(55)90080-8

Santos, V. S. de O., Santos, N. S. S., Rocha, J. M. R., Silva, B. A. da, Pereira, D. L. M., & Batista, J. F. C. (2024). INCIDÊNCIA DE CASOS DE CHIKUNGUNYA NOS ESTADOS DO NORDESTE BRASILEIRO NOS ANOS DE 2018 A 2022. Revista de Ciências Médicas e Biológicas, 23(2), 281–288. https://doi.org/10.9771/cmbio.v23i2.58687

Seneviratne, S. L., Gurugama, P., & Perera, J. (2007). Chikungunya viral infections: an emerging problem. Journal of Travel Medicine, 14(5), 320–325. https://doi.org/10.1111/j.1708-8305.2007.00135.x

Skalinski, L. M., Dalvi, A. P. R., Natividade, M., Braga, J. U., Nascimento Costa, M. da C., Santana, E. B., de Jesus Silva, N. S., Witworth, J., & Teixeira, M. G. (2022). The triple epidemics of arboviruses in Feira de Santana, Brazilian Northeast: Epidemiological characteristics and diffusion patterns. Epidemics, 38(100541), 100541. https://doi.org/10.1016/j.epidem.2022.100541

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2025 Sandro Márcio Andrade Castro, Carina Oliveira Silva Lopes, Camilla Silva Pierote, Andressa Francielle Neves Gonçalves, Christiane Pinheiro Fagundes Guimarães, Lorenna Nascimento Antunes, Alvacir Da Cruz Brito, Francisca Joelma Rodrigues De Lima, Alessandra Isabella Coelho Santos Monteiro, Yago Franklin Dos Santos Pereira, Lua Costa De Castro Machado, Flávia Luísa Novais Gomes, Gabriela De Medeiros Fazio Oliveira , Cleison Da Silva Fernandes, João Pedro Alves Nascimento

Downloads

Não há dados estatísticos.