Papel dos fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).
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Palavras-chave

Transtorno obsessivo-compulsivo
Predisposição genética
Fatores ambientais

Como Citar

Costa, A. L. M., Barbalho, S. M. R., Pereira, T. dos S., & Silva, T. G. da. (2025). Papel dos fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(5), 668–678. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n5p668-678

Resumo

Introdução: O transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) é uma condição psiquiátrica complexa, caracterizada por obsessões intrusivas e compulsões repetitivas, afetando aproximadamente 2% a 3% da população mundial. A compreensão do papel dos fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do TOC é essencial para o aprimoramento das estratégias de prevenção e tratamento. Objetivo: Este estudo visa investigar a interação entre fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do TOC, enfatizando como essas interações podem ser mediadas por processos neurobiológicos e psicológicos. Metodologia: A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão narrativa, utilizando a plataforma PubMed. A estratégia de busca incluiu os termos "Obsessive-Compulsive Disorder OR Compulsive Behavior AND Genetic Factors AND Environmental factors". Foram aplicados filtros para restringir a busca a ensaios clínicos, artigos de revisão e revisões sistemáticas, publicados entre 2000 e 2025, em inglês, espanhol ou português, com acesso gratuito. Após a triagem inicial, 29 estudos foram considerados elegíveis, dos quais 9 foram selecionados para a análise final. Resultados: Os achados indicam que a hereditariedade do TOC é significativa, com estudos de gêmeos e familiares confirmando uma base genética robusta. Fatores ambientais, como eventos de vida estressantes e práticas de criação parental, também desempenham um papel crucial na exacerbação dos sintomas. A interação entre predisposição genética e fatores ambientais sugere que indivíduos geneticamente predispostos podem ser mais vulneráveis a estressores, o que pode precipitar ou agravar o TOC. Além disso, a pesquisa destaca a importância de compreender as dimensões sintomáticas do TOC, que podem ter riscos genéticos compartilhados e únicos. Conclusão: A interação entre fatores genéticos e ambientais é fundamental para a compreensão da etiologia do TOC, sugerindo que abordagens terapêuticas devem considerar ambos os aspectos para melhorar a eficácia do tratamento e proporcionar suporte mais direcionado aos pacientes. A investigação contínua sobre os mecanismos moleculares que mediam essa interação é necessária para o desenvolvimento de biomarcadores e tratamentos inovadores, contribuindo para um manejo mais eficaz deste transtorno complexo.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n5p668-678
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