Descrição da tendência temporal e fatores clínico-epidemiológicos associados à hanseníase no Brasil
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Palavras-chave

Hanseníase
Saúde Pública
Brasil
Mycobacterium leprae

Como Citar

Xavier dos Anjos, M., Beatriz Mendes Deiró, A., Luiza Santos Schulze Peixinho, A., Rafaella Barreto Sousa, B., Gama Santos, F., Santos da Costa, L., Jacobina Brito Passos, M., & Brito Diniz Gonçalves Queiroz, R. (2025). Descrição da tendência temporal e fatores clínico-epidemiológicos associados à hanseníase no Brasil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(3), 1590–1603. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n3p1590-1603

Resumo

Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium leprae, afetando principalmente nervos periféricos, pele, olhos e, ocasionalmente, órgãos internos. Embora tratável, a progressão da doença sem diagnóstico precoce pode causar incapacidades físicas. O Brasil é o segundo país com mais casos no mundo, com maior concentração na região Nordeste. Objetivo: Descrever a tendência temporal da hanseníase no Brasil (2013-2023) e analisar fatores clínico-epidemiológicos relacionados à sua prevalência. Metodologia: Estudo epidemiológico, exploratório, descritivo e quantitativo com dados de hanseníase notificados no SINAN (DATASUS). Foram analisados registros de brasileiros diagnosticados entre 2013 e 2023, excluindo não residentes e registros incompletos. Variáveis incluíram ano de diagnóstico, região, UF, sexo, raça, escolaridade, entre outros. Dados foram analisados no Excel 365. Resultados: No período analisado, foram notificados 332.785 casos, sendo 42,64% na região Nordeste. Os estados com maior prevalência foram Mato Grosso (12,41%), Maranhão (11,80%) e Pará (9,73%). A maioria dos pacientes era do sexo feminino (56,94%), parda (60,86%), com idade entre 50 e 59 anos (19,10%) e ensino fundamental incompleto (24,71%). Em termos clínicos, 73,81% eram multibacilares, 61,09% apresentaram grau 0 de incapacidade física e 72,42% estavam em tratamento com poliquimioterapia. Houve redução de casos ao longo do período, com picos em 2014, 2013 e 2018, e o menor número de casos em 2023. Conclusões:Os resultados evidenciam a relevância de ações voltadas para o diagnóstico precoce e controle da hanseníase, sobretudo em áreas endêmicas como o Nordeste brasileiro. A redução no número de casos pode refletir melhorias nas estratégias de controle, embora desafios como estigmatização e acesso desigual aos serviços de saúde ainda persistam.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n3p1590-1603
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Referências

Hanseníase; Epidemiologia; Saúde Pública; Brasil; Mycobacterium leprae.

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Copyright (c) 2025 Mateus Xavier dos Anjos, Ana Beatriz Mendes Deiró, Anna Luiza Santos Schulze Peixinho, Bruna Rafaella Barreto Sousa, Felipe Gama Santos, Lorena Santos da Costa, Matheus Jacobina Brito Passos, Roberta Brito Diniz Gonçalves Queiroz

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