Resumo
Objetivo: Revisar a ocorrência de necrose do umbigo após herniorrafia umbilical, identificando fatores de risco, sinais clínicos, prevenção e tratamento. Métodos: Foi realizada uma revisão de literatura acerca de um caso sobre necrose umbilical pós-herniorrafia, abordando aspectos anatômicos, fatores de risco, diagnóstico, estratégias cirúrgicas e tratamento. Foram incluídos estudos retrospectivos e diretrizes cirúrgicas. Resultados: A necrose do umbigo após herniorrafia umbilical é uma complicação rara, mas potencialmente grave. Fatores como dissecção excessiva, sutura sob tensão, comorbidades (diabetes, tabagismo) e infecção pós-operatória aumentam o risco. O diagnóstico precoce é essencial e pode envolver ultrassonografia Doppler e tomografia. A prevenção inclui técnicas cirúrgicas que preservam a vascularização. O tratamento varia entre abordagem conservadora e cirúrgica, dependendo da extensão do dano tecidual. Conclusão: A necrose do umbigo pode ser minimizada com planejamento cirúrgico adequado e estratégias de preservação vascular. O reconhecimento precoce e tratamento individualizado são fundamentais para evitar complicações mais graves.
Referências
Barbosa, C.A. (2005). Resistência Músculo-Aponeurótica à Tração Medial Após Dissecção dos Componentes da Parede Abdominal Anterior em Cadáveres. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de São Paulo. Disponível em: https://repositorio.unifesp.br/bitstreams/ccfef096-4e0a-4cee-b345-3a80a0fe9878/download
Porrero, J.L., et al. (2015). Umbilical Hernia Repair: Randomized Controlled Trial of Suture Versus Mesh Repair in Adults. Hernia, 19(6), 907-914. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/26350669/
Holihan, J.L., et al. (2016). Sublay Versus Onlay Mesh Placement in Open Ventral Hernia Repair: A Systematic Review and Meta-Analysis. The American Journal of Surgery, 211(3), 639-649. Disponível em: https://lume.ufrgs.br/bitstream/10183/253181/1/001154756.pdf
Christoffersen, M.W., et al. (2013). Recurrence Rates After Repair of Small Umbilical or Epigastric Hernias With the Onlay Technique: A Prospective Cohort Study. Hernia, 17(3), 345-347. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/23887595/
Berger, D., et al. (2014). Mesh Repair of Small Umbilical Hernias in an Ambulatory Setting. Hernia, 18(3), 465-469. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/24980854/
Lázaro da Silva, A. (2007). Hérnias da Parede Abdominal: Tratamento Cirúrgico. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, 20(1), 51-53. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abcd/a/RtV5sVqHZdHHSvx45QcNxXk/?format=pdf
Tinoco, A.C., et al. (2007). Eventrações Incisionais: Fatores de Risco e Tratamento. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, 20(1), 54-57. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abcd/a/RtV5sVqHZdHHSvx45QcNxXk/?format=pdf
Alvarez, G.A., et al. (2007). Recidiva em Hérnias Incisionais: Análise de Fatores de Risco. ABCD. Arquivos Brasileiros de Cirurgia Digestiva, 20(1), 58-61. Disponível em: https://www.scielo.br/j/abcd/a/RtV5sVqHZdHHSvx45QcNxXk/?format=pdf
European Hernia Society (EHS) e Americas Hernia Society (AHS). (2020). Guidelines for the Management of Umbilical and Epigastric Hernias. Hernia, 24(1), 1-16. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31916607/
Sociedade Brasileira de Hérnia (SBH). (2019). Diretrizes para o Tratamento das Hérnias da Parede Abdominal em Adultos. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, 46(5), e20192208. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rcbc/a/jcS7Xv4n5GwDfKbjntW47cJ/
Castro DDPR, Saldanha OR, Pinto EBDS, Albuquerque FMD, Moia SMDS. Avaliação estética da cicatriz umbilical em duas técnicas de onfaloplastia. Rev Bras Cir Plást [Internet]. 2014 Apr;29(2):248–52. Disponível em: https://doi.org/10.5935/2177-1235.2014RBCP0046
Garcia CP, Mattiello CM, Rendon NB, Duarte FO, et al. Indicações de neo-onfaloplastia em pacientes submetidos à abdominoplastia. Rev Bras Cir Plást. 2019;34(Suppl.1):86-89.
Coste AH, Bamarni S, Leslie SW. Hérnia umbilical. [Atualizado em 27 de fevereiro de 2024]. Em: StatPearls [Internet]. Treasure Island (FL): StatPearls Publishing; 2025 jan-. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK459312/

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Cirênio de Almeida Barbosa, Cibele Ennes Ferreira, Gabriel Maia Santos, Carlos Augusto Aglio, Luiza Horst Neto