Resumo
A asma grave é uma condição crônica que afeta significativamente a qualidade de vida dos pacientes e representa um desafio para o manejo clínico devido à sua resistência ao tratamento convencional. Este estudo realizou uma revisão sistemática da literatura para avaliar os fatores determinantes da gravidade da asma, suas repercussões socioeconômicas e as terapias mais recentes. Foram analisados estudos publicados nos últimos 20 anos em bases de dados científicas como PubMed, Web of Science e Scopus. Os resultados indicam que a asma grave está associada a um risco aumentado de progressão para doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), bem como a um elevado custo econômico e social. Pacientes com asma grave apresentam maior frequência de hospitalizações, além de um impacto negativo na vida dos cuidadores. Avanços terapêuticos, como o uso de agentes biológicos, têm demonstrado eficácia na redução da inflamação e na melhora da função pulmonar. No entanto, a heterogeneidade da doença exige abordagens personalizadas, baseadas em biomarcadores inflamatórios. Conclui-se que o diagnóstico precoce e a implementação de estratégias terapêuticas direcionadas são fundamentais para minimizar complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.
Referências
CHUNG, K. F. et al. Diretrizes internacionais da ERS/ATS sobre definição, avaliação e
tratamento da asma grave. European Respiratory Journal, v. 43, p. 343-373, 2014.
RAMRATNAM, S. K.; BACHARIER, L. B.; GUILBERT, T. W. Asma grave em crianças. Journal of
Allergy and Clinical Immunology: In Practice, v. 5, p. 889-898, 2017.
GODARD, P. et al. Os custos da asma estão correlacionados com a gravidade: um estudo
prospectivo de 1 ano. European Respiratory Journal, v. 19, p. 61-67, 2002.
RABE, K. F. et al. Eficácia e segurança do dupilumabe na asma grave dependente de glicocorticóides. New England Journal of Medicine, v. 378, p. 2475-2485, 2018.
FLEMING, L. et al. The burden of severe asthma in childhood and adolescence: results from the
paediatric U-BIOPRED cohorts. European Respiratory Journal, v. 46, p. 1322-1333, 2015.
BELLIN, M. H. et al. Stress and quality of life in urban caregivers of children with poorly
controlled asthma: a longitudinal analysis. Journal of Pediatric Health Care, v. 29, p. 536-546,
NUNES, C.; PEREIRA, A. M.; MORAIS-ALMEIDA, M. Asthma costs and social impact. Asthma
Research and Practice, v. 3, p. 1-1, 2017.
TAI, A. et al. The association between childhood asthma and adult chronic obstructive
pulmonary disease. Thorax, v. 69, p. 805-810, 2014.
MCGEACHIE, M. J. et al. Patterns of growth and decline in lung function in persistent childhood
asthma. New England Journal of Medicine, v. 374, p. 1842-1852, 2016.
MCGEACHIE, M. J. Childhood asthma is a risk factor for the development of chronic obstructive
pulmonary disease. Current Opinion in Allergy and Clinical Immunology, v. 17, p. 104-109,
TAGIYEVA, N. et al. Outcomes of childhood asthma and wheezy bronchitis: a 50-year cohort
study. American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine, v. 193, p. 23-30, 2016.
HAYDEN, L. P. et al. Childhood asthma is associated with COPD and known asthma variants in
COPDGene: a genome-wide association study. Respiratory Research, v. 19, p. 209-209, 2018.
FAHY, J. V. Type 2 inflammation in asthma — present in most, absent in many. Nature Reviews
Immunology, v. 15, p. 57-65, 2015.
GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA (GINA). Global strategy for asthma management and
prevention. 2021. Disponível em: https://ginasthma.org/wp-content/uploads/2021/05/GINA-

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Carmen Nagelly Rodríguez Ramírez , Ricardo Mendes Pena Filho , Raphael Freitas Rocha de Souza , Laura Resende Neves Teixeira