Desafios na gestão de doenças crônicas em populações idosas no Brasil

Resumo

Introdução: A gestão de doenças crônicas em populações idosas no Brasil é desafiadora, devido à alta prevalência de multimorbidades, que afeta cerca de 50% dessa população, e à polifarmácia, presente em até 80% dos casos. Esses fatores, aliados a barreiras como declínio cognitivo, baixa alfabetização em saúde e dificuldades de acesso a tecnologias, comprometem a qualidade do cuidado e sobrecarregam o sistema de saúde. Objetivo: Investigar os desafios e propor soluções para a gestão de doenças crônicas em idosos brasileiros, com enfoque nas barreiras enfrentadas e em estratégias que promovam melhorias. Metodologia: Realizou-se uma revisão narrativa da literatura, analisando artigos entre 2010 e 2025, em português, inglês e espanhol, provenientes de revistas SJR Q1 ou Q2, excluindo preprints. Foram selecionados nove estudos que atenderam aos critérios de inclusão e abordaram intervenções relacionadas à gestão de doenças crônicas em idosos. Resultados: Identificaram-se desafios como multimorbidade, polifarmácia, e declínio físico e cognitivo, com impacto negativo na adesão ao tratamento. Barreiras à autogestão incluem baixa alfabetização em saúde e resistência à tecnologia. Soluções potenciais incluem intervenções psicossociais colaborativas, suporte social robusto, treinamento de profissionais e implementação de tecnologias de saúde móvel (mHealth). Estas podem melhorar a adesão ao tratamento e a comunicação com profissionais, embora enfrentem desafios de aceitação e infraestrutura. Conclusão: A gestão de doenças crônicas em idosos requer abordagens integradas e centradas no paciente, com ênfase no uso de tecnologias adaptadas, suporte social e capacitação contínua de profissionais. A pesquisa aponta a necessidade de estratégias inclusivas e interdisciplinares para superar barreiras e melhorar a qualidade de vida dos idosos.