VARIAÇÕES DA PROTUBERÂNCIA OCCIPITAL EXTERNA E SUA RELAÇÃO COM O DIMORFISMO SEXUAL EM UMA COLEÇÃO OSTEOLÓGICA DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL.

Resumo

Em Anatomia, variação anatômica é um desvio da morfologia normal de um órgão ou estrutura de um indivíduo que não traz prejuízo à função, podendo ocorrer interna ou externamente. Um dos segmentos do corpo que apresenta grande variabilidade de suas estruturas é o crânio, inclusive sendo muito utilizado no estudo do dimorfismo sexual em Antropologia Forense. Um dos acidentes anatômicos presente no occipital é a protuberância occipital externa, localizada no centro da escama deste osso, na face póstero-inferior, e que pode apresentar variações na sua anatomia. O objetivo do nosso estudo é verificar as formas de apresentação da protuberância occipital externa em uma Coleção Osteológica da Região Nordeste do Brasil e sua relação com o dimorfismo sexual. Para o nosso estudo foram utilizados 418 crânios secos de adultos, sendo 153 do sexo feminino e 265 do sexo masculino. Esta estrutura foi classificada em três tipos: Tipo 1, lisa ou bem discreta; Tipo 2, em forma de crista e Tipo 3, em forma de esporão. Com relação a amostra total (n=418), verificamos que o Tipo I foi encontrado em 178 crânios, representando 42,58% dos casos.  Em 173 crânios (41,38%) encontramos o Tipo II e o Tipo III, foi verificado em 67 crânios, representando 16,02% dos casos estudados. No sexo masculino o Tipo 2 foi mais frequente, com 43,77% dos casos enquanto no sexo feminino o Tipo 1 foi mais encontrado com 54,90% dos casos. Esperamos que mais estudos sejam realizados em nossa população, devido à grande área territorial do nosso país e a grande miscigenação presente.