Resumo
Introdução: Os benzodiazepínicos (BZDs) são amplamente utilizados no tratamento de transtornos como ansiedade, insônia, espasmos musculares e convulsões. Apesar de sua eficácia no curto prazo, seu uso prolongado tem gerado preocupações devido ao risco de dependência, prejuízos cognitivos e aumento da vulnerabilidade a quedas e acidentes, especialmente em idosos. Objetivo: Analisar o impacto do uso prolongado de benzodiazepínicos, seus riscos associados e a necessidade de alternativas terapêuticas mais seguras. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre agosto de 2024 e fevereiro de 2025, selecionando artigos publicados nos últimos 10 anos que abordavam as temáticas propostas para esta pesquisa. Resultados: Os benzodiazepínicos, apesar de sua utilidade clínica, apresentam riscos significativos quando utilizados de forma prolongada. Estudos indicam que muitos pacientes fazem uso contínuo desses fármacos por décadas, levando à dependência e a déficits cognitivos irreversíveis. Além disso, a crença equivocada de que esses medicamentos são inofensivos contribui para sua prescrição excessiva, agravada por falhas nos sistemas de controle. Alternativas como a terapia cognitivo-comportamental e antidepressivos têm sido propostas como substitutos mais seguros em longo prazo. Conclusão: A sociedade precisa repensar a dependência dos benzodiazepínicos como solução para dificuldades emocionais. A prescrição deve ser criteriosa, priorizando tratamentos de curta duração e acompanhados por monitoramento médico rigoroso. Políticas públicas mais eficazes, campanhas de conscientização e a valorização de terapias não farmacológicas são fundamentais para reduzir o consumo indiscriminado e garantir um tratamento mais seguro e eficaz.
Referências
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