Resumo
O tratamento da insuficiência cardíaca avançada representa um desafio significativo na cardiologia, exigindo abordagens cirúrgicas de alta complexidade. As principais opções para esse tratamento se destacam o transplante cardíaco e o implante de coração artificial, cada um com indicações, benefícios e desafios específicos. Essa escolha depende de fatores como a disponibilidade de órgãos para transplante, a condição clínica do paciente e a evolução tecnológica dos dispositivos de assistência circulatória. A pesquisa foi realizada no indexador PubMed, utilizando os termos “Insuficiência Cardíaca”, “Transplante Cardíaco”, “Coração Artificial”, “Dispositivos de Assistência Ventricular”, “Cirurgia Cardíaca” e “Complicações Pós-operatórias”, combinados pelo operador booleano AND, no intervalo de 2015 a 2025, nos idiomas inglês e português. Os resultados apontam que, embora o transplante cardíaco ainda seja considerado o padrão-ouro no tratamento da insuficiência cardíaca terminal, a falta de doadores e as complicações associadas à imunossupressão estimulam o avanço dos corações artificiais. Dispositivos de assistência ventricular e corações artificiais têm se mostrado eficazes como terapia de ponte para o transplante ou até mesmo como tratamento definitivo em determinados casos. Além disso, nota-se a importância de estratégias para reduzir complicações pós-operatórias, como infecções, tromboses e falência orgânica, otimizando tanto a sobrevida quanto a qualidade de vida dos pacientes submetidos a essas intervenções.
Referências
ANDERSON, J. R. et al. Quality of life after heart transplantation versus artificial heart implantation: A comparative study. Journal of Cardiac Surgery, v. 35, n. 4, p. 931-940, 2020.
BIACOR. Replacing Hearts. Restoring Lives. Disponível em: https://bivacor.com/. Acesso em: 16 fev. 2025.
BRIASOULIS, A. et al. Trends in utilization, mortality, major complications, and cost after total artificial heart implantation in the United States (2009-2015). Hellenic Journal of Cardiology, v. 61, n. 6, p. 407-412, nov./dez. 2020. DOI: 10.1016/j.hjc.2019.02.002.
BROWN, R. J. et al. Challenges in heart transplantation: Immunosuppression and organ scarcity. Transplantation Proceedings, v. 52, n. 7, p. 1345-1352, 2020.
DAVIS, K. A. et al. BiVACOR: Advances in bioprosthetic total artificial heart technology. Artificial Organs, v. 45, n. 5, p. 512-520, 2021.
FUMARULO, I. et al. Terapia de substituição cardíaca: questões críticas e perspectivas futuras do transplante cardíaco e do coração artificial. Cardiologia Pediátrica e Neonatal, v. 2024, p. 102971, 2024. DOI: 10.1016/j.cpcardiol.2024.102971.
GARCIA, P. R. et al. Neurological complications in patients with total artificial heart implants. The Annals of Thoracic Surgery, v. 108, n. 2, p. 421-430, 2019.
HÉQUET, D. et al. Ventricular assist devices as bridge to heart transplantation: impact on post-transplant infections. BMC Infectious Diseases, v. 16, n. 1, p. 1-9, 2016. DOI: 10.1186/s12879-016-1658-0. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4938972/.
HOY, S.; FRISBEE, J. Common postoperative heart transplant complications. Critical Care Nursing Quarterly, v. 41, n. 4, p. 383-388, out./dez. 2018. DOI: 10.1097/CNQ.0000000000000224.
JAWAD, K. et al. Implante de dispositivo de assistência ventricular menos invasivo: um estudo multicêntrico. The Journal of Thoracic and Cardiovascular Surgery, v. 164, n. 6, p. 1910-1918.e4, 2022. DOI: 10.1016/j.jtcvs.2020.12.043.
JOHNSON, D. H. et al. Long-term anticoagulation therapy in patients with ventricular assist devices. American Journal of Cardiology, v. 119, n. 9, p. 1503-1512, 2017.
JONES, T. A. et al. Survival rates following heart transplantation versus artificial heart implantation: A multicenter study. The Journal of Heart and Lung Transplantation, v. 35, n. 4, p. 365-373, 2016.
KWAK, J.; MAJEWSKI, M.; LEVAN, P. T. Transplante de coração em uma era de suporte circulatório mecânico. Journal of Cardiothoracic and Vascular Anesthesia, v. 32, n. 1, p. 19-31, fev. 2018. DOI: 10.1053/j.jvca.2017.09.042.
MANGINI, S. et al. Transplante cardíaco: revisão. Einstein (São Paulo), v. 13, n. 2, p. 310-318, abr./jun. 2015. DOI: 10.1590/S1679-45082015RW3154.
MEYER, A. L. et al. Heart transplantation after total artificial heart bridging – outcomes and complications: a single-center experience. Journal of Cardiothoracic Surgery, v. 15, n. 1, p. 1-10, 2020. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC9771925/.
NELSON, J. E. et al. Immunosuppressive strategies for long-term success in heart transplantation. Current Cardiology Reports, v. 24, n. 3, p. 95-104, 2022.
RODRIGUEZ, F. M. et al. Stem cell therapy and tissue engineering in heart failure treatment. Regenerative Medicine Journal, v. 18, n. 1, p. 1-12, 2023.

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Copyright (c) 2025 Felipe Laurindo Couto, Ana Kelly de Azevedo Gonçalves, Caio Enzo Dantas de Paiva Queiroz, Monaliza Carvalho Alves Feitosa, Maria Eduarda Torreão Medeiros Teobaldo, Bruno Rafael de Souza Honorato, Brenda Tawares Batista, Gabriela Júlia Pereira Chacon de Araújo, Maria Cecília Vieira Stewart Thomaz, Marialice Pinto Viana Correia, Mary Morioka