ESTUDO OSTEOMÉTRICO EM SACROS SECOS DE ADULTOS E SUA RELAÇÃO COM O DIMORFISMO SEXUAL EM UMA POPULAÇÃO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL
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Palavras-chave

osteometria, sacro, dimorfismo sexual

Como Citar

Braga, R. S., Lisboa, J. H. C. B., Carvalho, A. M. L. de, Filho, A. F. de O., Araruna, N. F., Herculano, G. M. C., Júnior , E. de A., & Ferreira, Émerson de O. (2023). ESTUDO OSTEOMÉTRICO EM SACROS SECOS DE ADULTOS E SUA RELAÇÃO COM O DIMORFISMO SEXUAL EM UMA POPULAÇÃO DA REGIÃO NORDESTE DO BRASIL. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 5(4), 1838–1846. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1838-1846

Resumo

A Antropologia Forense é o ramo da Antropologia Física que lida com as perícias criminais de ossadas e de cadáveres carbonizados ou em estado avançado de decomposição. A estimativa do sexo é uma etapa essencial para identificar indivíduos desconhecidos e geralmente depende da presença de ossos altamente dimórficos, como a pelve e o crânio. Na ausência do crânio e da pelve, sacros isolados podem ser utilizados para a estimativa do sexo, pois é um osso favorecido pela preservação. O objetivo do nosso estudo foi de realizar um estudo osteométrico em sacros secos de adultos e relacionar os resultados com o dimorfismo sexual. Para isto utilizamos uma amostra de 200 sacros secos, sendo 130 do sexo masculino e 70 do sexo feminino, todos pertencentes ao Centro de Antropologia Forense da FAP-Araripina. Realizamos três medidas lineares nestes ossos: altura máxima, largura máxima e diâmetro transverso do corpo da primeira vértebra sacral. Todas as medidas foram tomadas com auxílio de um paquímetro digital de precisão graduado em milímetros da marca Vonder. De acordo com os nossos resultados, a média da altura máxima foi maior no sexo masculino (117,0mm), enquanto a largura máxima e o diâmetro transverso de S1 foram superiores no sexo feminino com 111,1mm e 44,1mm respectivamente. Esperamos que mais estudos em nossa população sejam realizados, principalmente em diferentes regiões, devido à grande área territorial do Brasil e a grande miscigenação existente em nosso país.  

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2023v5n4p1838-1846
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