Resumo
Introdução: O trauma pediátrico cirúrgico é uma das principais causas de morbidade e mortalidade em crianças, representando um grande desafio para a saúde pública. A falta de recursos, protocolos específicos e equipes capacitadas contribuem para o aumento das sequelas e da mortalidade, assim, é essencial adotar abordagens integradas para a prevenção e o manejo eficiente desses casos. Objetivo: Analisar as principais estratégias de manejo e prevenção do trauma pediátrico, com ênfase no atendimento inicial, abordagens multidisciplinares e prevenção de sequelas a longo prazo. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), entre agosto e novembro de 2024, selecionando artigos publicados nos últimos 10 anos que abordavam as temáticas propostas para esta pesquisa. Resultados: A estabilização precoce na “hora de ouro” mostrou-se determinante para a redução da mortalidade e complicações graves. O atendimento multidisciplinar, envolvendo pediatria, neurocirurgia, ortopedia e reabilitação, foi eficaz na redução de sequelas e na recuperação funcional. Estratégias de prevenção, como campanhas educativas, uso de equipamentos de segurança e treinamento em primeiros socorros, também reduziram a incidência e a gravidade das lesões. Nos cenários com recursos limitados, o fortalecimento de sistemas de atendimento pré-hospitalar e a implementação de políticas públicas foram fundamentais para melhorar os desfechos. Conclusão: O manejo do trauma pediátrico requer uma abordagem multifatorial, que integre prevenção, atendimento especializado e reabilitação. A capacitação de profissionais de saúde, a criação de protocolos específicos e o fortalecimento de sistemas de saúde são essenciais para reduzir as sequelas e a mortalidade em crianças. O envolvimento de múltiplos setores da sociedade é indispensável para garantir assistência eficaz e promover um futuro mais saudável para a população pediátrica.
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