A Interligação entre Microbiota Intestinal Alterada e Transtornos do Espectro Autista: Uma Revisão Sistemática
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Palavras-chave

Transtorno do Espectro Autista
Microbiota Gastrointestinal
Dieta

Como Citar

Moreira Peterle, L., de Almeida Bayerl, S., Zambon Silveira, S., Bueno Fonseca, G., Oliveira Lirio, A. J., Tinoco Viana, M. V., Tavares Mariano, M. E., dos Santos Carolino Silva , S., & Gomes Ribeiro, J. (2025). A Interligação entre Microbiota Intestinal Alterada e Transtornos do Espectro Autista: Uma Revisão Sistemática . Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, 7(1), 1631–1647. https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n1p1631-1647

Resumo

Este artigo tem como objetivo compreender a relação entre a alteração da microbiota intestinal e os distúrbios comportamentais e fisiológicos associados ao TEA, focando em intervenções nutricionais e terapias. Foi realizada uma revisão bibliográfica entre 2008 e 2024, utilizando bases de dados como PubMed, Scopus e Cochrane Library. Foram selecionados 19 artigos completos em Português, Inglês, Espanhol e Francês, que abordam os aspectos microbiológicos, metabólicos e comportamentais do TEA, além de intervenções terapêuticas. Os resultados apontaram que a disbiose intestinal é uma característica recorrente em indivíduos com TEA, associada a uma permeabilidade intestinal aumentada, inflamação sistêmica e alterações metabólicas. A seletividade alimentar, comum em indivíduos com TEA, agrava o quadro, levando a deficiências nutricionais significativas e ao aumento de problemas gastrointestinais. Intervenções terapêuticas como o uso de probióticos, prebióticos, transplantes fecais e dietas restritivas mostraram-se promissoras, promovendo a modulação da microbiota intestinal, reduzindo inflamações e melhorando tanto os sintomas gastrointestinais quanto os comportamentais. Portanto, a microbiota intestinal alterada desempenha um papel significativo na fisiopatologia do TEA, influenciando tanto os aspectos comportamentais quanto fisiológicos. Intervenções terapêuticas baseadas na modulação da microbiota e na reeducação alimentar mostram-se promissoras para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas demandam estudos mais amplos e padronizados para estabelecer protocolos eficazes e seguros.

https://doi.org/10.36557/2674-8169.2025v7n1p1631-1647
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Copyright (c) 2025 Laysa Moreira Peterle, Sara de Almeida Bayerl, Sara Zambon Silveira, Gabriel Bueno Fonseca, Ana Júlia Oliveira Lirio, Maria Vitória Tinoco Viana, Maria Eduarda Tavares Mariano, Sara dos Santos Carolino Silva , Júlia Gomes Ribeiro

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