O PAPEL DA CIRURGIA NO MANEJO DO CARCINOMA HEPATOCELULAR: IMPACTOS NA SOBREVIVÊNCIA

Resumo

O carcinoma hepatocelular (CHC) é um dos cânceres mais prevalentes e letais globalmente, sendo frequentemente associado a doenças hepáticas crônicas, como cirrose. Este estudo teve como objetivo analisar o papel da cirurgia no manejo do CHC e seu impacto na sobrevivência. A revisão bibliográfica incluiu artigos publicados entre 2019 e 2024, disponíveis na base PubMed, com foco em abordagens cirúrgicas, como ressecção hepática e transplante de fígado.

Os resultados indicaram que a cirurgia é a principal opção curativa para pacientes selecionados, com taxas de sobrevivência em cinco anos variando entre 37% e 50%, dependendo da extensão do tumor e da presença de comorbidades. A ressecção hepática é mais eficaz em casos de fígado não cirrótico, enquanto o transplante é ideal para pacientes com cirrose avançada, embora limitado pela escassez de doadores. Técnicas minimamente invasivas, como ablação por radiofrequência (RFA) e micro-ondas (MWA), também se mostraram promissoras em estágios iniciais da doença.

A avaliação criteriosa de fatores como função hepática, estágio do tumor e comorbidades é crucial para a seleção do tratamento mais adequado, contribuindo para a melhora das taxas de sobrevivência. Este estudo reforça a importância de uma abordagem multidisciplinar e de estratégias personalizadas no manejo do CHC, além de destacar a necessidade de mais estudos clínicos para otimizar os protocolos existentes.