Resumo
Introdução: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição bastante prevalente no mundo. Ela afeta ambos os sexos, sendo as complicações mais comuns em homens. Está frequentemente presente nos pacientes obesos e tem relação com o desequilíbrio dos fatores de proteção e agressores. As manifestações clínicas são amplas, indo desde sintomas típicos (regurgitação e pirose) até atípicos e extraesofágicos. Inicialmente o tratamento é feito com mudanças dos hábitos de vida, seguida por introdução medicamentosa. A depender das particularidades do paciente se utiliza o tratamento cirúrgico. Objetivo: Analisar as indicações do tratamento cirúrgico na doença do refluxo gastroesofágico. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa dos últimos 5 anos, do período de 2019 a 2024, utilizados as bases de dados da Latino–Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Medline e SciELO Preprints. Os descritores utilizados foram: "refluxo gastroesofagico" "tratamento" "cirurgico". Foram encontrados 28 artigos, sendo eles submetidos aos critérios de seleção. Além disso, utilizou-se um documento de Gastroenterologia e Hepatologia. Os critérios de inclusão foram artigos relacionados à proposta estudada e que foram disponibilizados na íntegra. Resultados e Discussão: O tratamento cirúrgico é feito pela fundoplicatura. As técnicas mais utilizadas são a parcial de Toupet e a de Nissen. A fundoplicatura total laparoscópica é o padrão ouro. Indica-se a realização de procedimentos cirúrgicos em casos onde há reações adversas a medicamentos, controle inadequado dos sintomas, presença de regurgitações graves, não adesão ao tratamento farmacológico, sintomas atípicos e complicações da doença. Situações como hérnia hiatal volumosa e estenose também são indicadas à cirurgia. Conclusão: Nessa perspectiva, evidencia-se a importância do tratamento cirúrgico da DRGE, principalmente, nos casos complicados.
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